Pov Helena
Depois que Clara, minha namorada, foi embora, fui buscar nossa filha na casa dos meus pais, passei o caminho todo pensando no que aconteceu há alguns minutos atrás e tenho certeza que não consegui disfarçar o sorriso bobo, fui dormir essa noite com as esperanças renovadas de que ela seria minha esposa novamente. Ela ter aceitado o pedido significa que existe uma outra chance para nós, que lá no fundo ela acredita que podemos dar certo novamente.
Abro meus olhos quando escuto o barulho do despertador, indicando que já havia amanhecido e eu teria que encarar as tarefas cotidianas de um novo dia. Sigo minha rotina de preparar o café da manhã, me arrumar para trabalhar e Anna para ir à escolinha e quando está tudo pronto saímos de casa, minhas manhãs sempre eram um pouco mais movimentadas do que as tardes pois era o período no qual eu tinha mais alunos para auxiliar, sendo assim meu horário de almoço logo chega após eu ter atendido todos os alunos que estavam agendados o que me faz ter uma ideia. Vou até minha bolsa que tinha deixado em um canto da academia pegando meu celular e ligando para a dona dos meus pensamentos.
- Oi Helena, boa tarde! Tá tudo bem? - Escuto sua voz doce do outro lado da linha.
- Boa tarde Clarinha, tá tudo bem sim, eu liguei pra saber se você também está no seu horário de almoço..
- Ah, estou sim, por quê a pergunta meu bem? - Me derreto um pouco pela forma como sou chamada por ela.
- Porque eu queria te convidar para almoçar junto comigo, você costuma ir à algum restaurante aí perto?
- Na verdade não, eu só costumo pedir comida pra entregarem no escritório, daí eu almoço aqui mesmo, especialmente hoje que eu tô cheia de trabalho, desculpa.. - seu tom de voz lamenta mas não é isso que vai me fazer desistir de passar um tempo com ela.
- Tudo bem, mas eu tenho outra ideia, não pede nada hoje, deixa que eu passo aí e levo seu almoço, o que acha?
- Seria ótimo, eu só não queria fazer você comer dentro de uma sala de escritório por mim, ao mesmo tempo que quero te ver.
- Imagina, não importa em que lugar seja, desde que seja com você tá tudo bem.
- Então vem logo, vou estar te esperando, beijo!
- Outro, amor!
Desligo o telefone com um sorriso nos lábios e logo ligo para o restaurante que eu sabia que Clara gostava, esperei alguns minutos e por ser perto cheguei rápido no local para pegar nossa comida, em seguida dirigi até a importadora, o trajeto não demorou menos que quinze minutos e logo eu estava falando com a secretária da minha namorada, a famosa Dona Sheila, que trabalhava naquela empresa há mais anos do que eu tenho de vida. Tendo permissão, dou algumas batidinhas na porta da sala de Clara antes de abrir - la, quando o faço vejo a mulher mais linda do mundo sentada em frente ao seu computador com uma feição concentrada.
- Olha só que concentrada! - Digo entrando no cômodo de fato, roubando sua atenção para mim.
- Oi meu bem, você foi rápida! Ah, pode sentar, fique à vontade. - Ela diz quando me vê com as sacolas nas mãos, levantando para me ajudar a colocar - las em cima de sua mesa, para isso ela afasta alguns papéis que haviam ali.
- Obrigada, mas não farei nada sem ganhar um beijo seu. - Falo já diminuindo o espaço entre nós duas, sinto os lábios de Clara se encostarem nos meus em um selinho demorado, que ao meu ver não foi o suficiente.
- Não, eu quero um BEIJO Clara, esse não bastou pra matar a saudade, vem cá.. - Reclamo e aperto sua cintura a deixando mais colada em mim.
- Só vou dar porque você está merecen.. - Não a deixo completar a frase e encaixo meus lábios nos seus em um beijo apaixonado, suas mãos vão parar ao redor do meu pescoço como era seu hábito. Nosso contato era lento, saboreávamos cada segundo como se nunca tivéssemos feito antes, até o ar nos fazer falta. Clara se afasta de mim, olhando para a porta de sua sala, que estava fechada para o seu alívio, sua próxima ação é passar a chave nos deixando trancadas ali pelos próximos minutos.
- Obrigada por ter vindo meu bem, gostei de te ter aqui. - Clara fala vindo em minha direção me abraçando apertado, eu retribuo aquele abraço com todo o carinho que eu sentia por ela, havia algo de muito familiar e confortável em seus braços. Depois de alguns segundos daquela forma, sentamos nas duas poltronas que haviam ali e iniciamos uma conversa trivial, até combinamos de irmos buscar nossa filha na escola juntas ao fim da tarde. Não lembro exatamente em qual momento nos aproximamos tanto fisicamente até Clara estar sentada de lado no meu colo, eu beijava seu pescoço a sentindo arrepiar, uma de minhas mãos estavam em suas coxas enquanto a outra se encontrava em suas costas.
- Helena.. acho que aqui não é um lugar adequado pra isso. - Clara fala com um pouco de dificuldade para respirar e eu paro de beijar seu pescoço para dar alguns selinhos em sua boca.
- Isso o quê? - Continuo depositando beijinhos em seus lábios me fazendo de desentendida.
- Isso... você consegue me deixar desorientada quando quer, o que é isso?!
- Desculpa, é que eu não consigo te ver toda atraente nessa roupa social, sem querer ter você pra mim, meu amor. - Digo vendo Clara lutar internamente entre continuar ali ou não, ela fecha os olhos e roça seu nariz ao meu mas levanta rapidamente do meu colo, ficando de pé na minha frente.
- Aí que raiva Helena, não posso chegar perto de você que fico assim. - Levanto também, mas sem me aproximar tanto dela.
- Assim como meu amor? - Uso o tom mais dissimulado que consigo.
- Com esse calor infernal, você parece uma tentação me beijando e me chamando de meu amor com essa voz desse jeito, que coisa! - Minha namorada diz me fazendo soltar uma breve risada. - E você ri, né?!
- Eu poderia te ajudar com o calor, se você quiser, é claro. - Falo me aproximando novamente, abrindo mais botões de sua blusa social preta exibindo parte do sutiã rendado da mesma cor que ela usava.
- Não temos muito tempo.. - Clara ofegava enquanto eu massageava um seio seu sem deixar de fitar seus olhos.
- Então teremos que ser mais rápidas. - Clara que toma a atitude de me beijar dessa vez, ela tira minha mão de seu seio a levando para o cós de sua calça, a peça desliza por suas pernas e ela a chuta para algum lugar da sala. A encosto na parede que estava atrás de nós e com uma perna minha abro um pouco as suas para que consiga ter acesso à sua intimidade. Coloco sua calcinha de lado e a toco com meus dedos ali sentindo a umidade daquela região, massageio seu clitóris ouvindo sua respiração pesada, controlando para não gemer alto, para ajudá - la ocupo sua boca a beijando sempre que posso.
Após um tempo tocando sua intimidade somente por fora, escorrego dois dedos para dentro dela sem deixar de massagear seu ponto de prazer e de beijar - lhe a boca, acelero meus movimentos quando Clara dá sinais de que vai gozar, nesse momento ergo uma de suas pernas até minha coxa fazendo com que meus dedos penetrem mais fundo em nela até vê - la se desmanchar de prazer, a seguro para que não caia pois seu corpo ainda estava trêmulo pelo orgasmo recente. Quando as respirações se normalizam trocamos outro beijo porém mais breve dessa vez, Clara se dirige ao lavabo que havia ali para se organizar, levando sua calça.
Ela voltou completamente vestida, sua blusa estava um pouco amassada mas nada muito perceptível, percebo que ela penteou e prendeu os cabelos, retirou as manchas borradas de batom que ficaram em seu rosto. Enquanto isso, eu tirava nosso almoço que estava esquecido nas sacolas até então, já até havia esfriado um pouco, nos sentamos e começamos a comer em silêncio, até Clara elogiar a lasanha que eu havia levado mas também me culpar por seu prato predileto ter esfriado porque nos distraímos com outra coisa, tudo bem, culpada então! Realmente não tínhamos mais tanto tempo assim, as obrigações nos chamavam, fui embora depois de roubar mais alguns beijos de Clara torcendo para que o dia passasse logo para a encontrar novamente.
Oi gente! Esse almoço foi diferente.. me digam o que estão achando por favor, esse capítulo ficou bem maior que os outros mas acontece! Até o próximo 🩷
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quando a chuva passar - Clarena
عاطفيةHelena e Clara já passaram por todas as fases que um relacionamento deveria ter até chegar em um fim, amizade, namoro, casamento, até tiveram uma filha juntas que é o elo que ainda faz as duas terem contato. Mas o que terá acontecido para que um amo...