Uma das coisas que tornava Lucy ainda mais fascinante era o seu talento incomparável para tocar piano. Enquanto a maioria das pessoas passava anos aprendendo a dominar esse instrumento, ela parecia ter nascido com um dom natural, uma conexão íntima com as teclas que emanava através de seus dedos. Seu toque era mágico, capaz de envolver os ouvidos de qualquer um que tivesse o privilégio de ouvir sua música.
Eu me sentia encantado ao escutar suas melodias, transportado para um mundo onde a neve do Natal caía pela primeira vez aos olhos de uma criança. Entre suas músicas favoritas, destacavam-se "Calling all Angels" e "Fast Love", canções que revelavam seu lado romântico e tocavam meu coração de uma maneira única. No entanto, decidi que era hora de mostrar a ela um gesto ainda mais especial.
Preparei meticulosamente cada detalhe para uma noite única em meu lar, um lugar que era reservado apenas para minhas obrigações até então. Espalhei pétalas brancas de rosas por todo o quarto, acendi velas para criar um ambiente apaixonante e transformei aquele espaço em um cenário de sonhos.
Quando estávamos parados diante da porta do elevador, eu coloquei uma venda nos olhos de Lucy, aumentando sua ansiedade e curiosidade. Ela perguntou, educadamente, o que eu havia preparado e por que eu nunca a tinha trazido para minha casa antes. Respondi com um sorriso misterioso, deixando-a intrigada.
Com ela vestindo um deslumbrante vestido preto que realçava suas curvas e exibia seu colo, e eu usando um terno sob medida e o cabelo penteado para trás como ela gostava, entramos no elevador. A tensão e a expectativa aumentavam a cada andar.
Quando as portas do elevador se abriram, removi cuidadosamente a venda dos olhos de Lucy. Sua reação foi de puro espanto e admiração ao se deparar com o quarto decorado com rosas e o piano coberto de flores.
— Amor... o que é isso? – Lucy levou suas mãos até a boca, incapaz de conter sua surpresa. Seus olhos minuciosos capturaram cada detalhe.
— Não queria saber onde eu me escondia? – provoquei, sorrindo.
— Rosas... rosas brancas... – ela murmurou, emocionada.
E então, seus olhos encontraram o piano, e ela perguntou, com um brilho nos olhos:
— Esse piano é só para decoração ou você também toca?
— Sim, eu toco. Mas hoje, é você quem vai tocar para mim. Serei sua plateia!
Selamos aquele momento com um beijo, e a felicidade irradiava de nossos rostos.
Nunca imaginei que o amor pudesse ser tão gratificante e retribuído. Eu escolheria ficar, pois só fazia sentido prosseguir se Lucy estivesse ao meu lado. Enquanto ela tocava aquele piano com maestria, parecia que eu renascia naquele momento, acompanhado por uma trilha sonora que ressoavam em harmonia com nossas vidas. No entanto, a verdade começou a se infiltrar em nossa relação, minando as bases que sustentavam nossa paixão.
Dúvidas começaram a surgir, afetando nosso relacionamento. Como qualquer pessoa apaixonada, Lucy tinha suas incertezas. Mas, por ser minha namorada, suas dúvidas eram ampliadas, tornando-se uma sombra persistente entre nós. E assim, o delicado equilíbrio construído sobre uma teia de mentiras começou a se desfazer.
Sendo médica, era natural que Lucy tivesse curiosidade em relação à minha saúde. Ela começou a questionar minha palidez e temperatura corporal, levando a inúmeras discussões entre nós. Ela não entendia por que eu recusava fazer exames médicos e sempre arranjava desculpas, como meu desgosto por médicos ou o desconforto de estar em um hospital, mesmo sendo apaixonado por uma médica.
Nossas discussões se tornaram frequentes, e parecia que estávamos presos em um ciclo vicioso. Lucy começou a desconfiar de algo além das desculpas que eu dava, suspeitando dos meus repentinos sumiços durante algumas noites e do meu passado obscuro, um passado do qual ela sabia pouco ou nada.
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MY BEAUTIFUL MONSTER ( Meu Lindo Monstro) ( HÉTERO)
VampireEm "Meu Lindo Monstro", somos seduzidos por um mundo onde a beleza e a monstruosidade se entrelaçam em uma dança sombria e irresistível. Conheça Claude Bártoli, um jovem de beleza incomparável, mas atormentado por seu próprio narcisismo. Claude é um...