A sobrinha do BangChan

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Domingo 28 de Janeiro

 hora do óbito 00:12 , foi a única coisa que consegui ouvir antes de apagar de novo...
O barulho da ambulância e minha cabeça latejando, minha visão está embaçada meu corpo dolorido, o aconteceu?

No mesmo dia horas antes...

- Mãe? - Procuro por ela assim que entro no quarto de casal- tudo bem?

- Claro filha - diz enchugando lágrimas - ja está pronta?

- Sim... Mas a gente tem mesmo que ir ?

- É a conferência do seu pai querida , é importante pra ele - respira fundo.

-Claro - saio fechando a porta - essa é única coisa que importa pra ele... - Digo baixo descendo as escadas.

Sento no sofa esperando os mais velhos me chamarem pra irmos a tal conferência tão importante do meu pai, entramos no carro e fomos para o local , como de costume uma festa chata cheia de pessoas arrogantes, meu pai nos deixa sozinhas na mesa enquanto fala com pessoas "importantes", depois de um tempo parei de prestar atenção nisso e quando olho pro lado mamãe não estava mais lá , meia hora depois consigo ver ela com uma cara de choro vindo em minha direção.

- Vamos para casa filha - Me levanto sem entender, mas agradeço mentalmente por sair daquela tortura.

- Querida vamos conversar, eu levo vocês- meu pai aparece atrás de nós.

Depois de uma longa discussão finalmente estávamos no carro , um silêncio mortal, até o celular do pai tocar e mostrar a foto de sua secretária, depois disso tudo virou gritaria eu ja estava ficando enjoada com a situação e foi aí que tudo parou... Tudo girou e então batemos.

Dia seguinte, hospital de Sydney Austrália.

Abro meus olhos com dificuldade devido ao grande foco de luz nos meus olhos,

- Olá - uma mulher aponta a lanterna em meus olhos - Consegue me ouvir?

- Onde... Onde estou ? - pergunto ainda confusa.

- Você está no Hospital, se lembra do seu nome?

- Bang Minhee - digo no automático - onde está a minha mãe? Bang Hannah onde ela está? - começo a ficar nervosa , ocasionando mais dor de cabeça.

- Preciso que se acalme... - a médica tenta me segurar- tem alguém da sua família que possa ligar?

- Onde ela está... Onde ela... - paro ao lembrar das últimas senas na minha cabeça- O que aconteceu?- Pergunto ja chorando.

- Senhorita Minhee infelizmente você sofreu um acidente de carro, e é a única sobrevivente... - a médica espera alguma reação, essa que não veio.

É como se um milhão de coisas vivessem na minha cabeça e eu não conseguisse me mexer, apenas chorar e chorar por mais algumas horas, quando finalmente me acalmei me disseram que tinha uma pessoa querendo conversar comigo, apenas assenti, logo na sala entra uma mulher alta de cabelo liso.

- Olá , me chamo Lisa- ela me comprimenta- sou do conselho tutelar - apenas olho esperando que prossiga - Constatamos que não tem ninguém da sua família que viva aqui na Austrália, sabe de alguém que possa cuidar de você?

- Hmm... Meu Tio Chris mora na Coreia, mas não tenho o contato dele.

- Ok, então vamos fazer assim serei sua companhia até conseguirmos ligar para ele , tudo bem?

Apenas confirmo com a cabeça sem muita vontade de conversar , assim se passaram uma semana, já tinha saído do hospital e também pude ir visitar a mamãe no cemitério... Estou fazendo minhas malas , hoje eu e Lisa vamos para a Coreia , após conseguir o número do meu Tio foi feito um acordo de criação e então minha guarda foi passada para ele, não vou mentir estou com medo minha mãe não falava mais com ele devido a brigas com o meu pai e então ele foi embora e nunca mais nos vimos.
A viajem foi um pouco longa o que me fez ficar várias horas olhando pro nada pensando como seria a minha vida na Coreia , o idioma não era um problema ja que avia aprendido, sou tirada dos meus devaneios quando Lisa toca meu braço.

- Ja chegamos - ela sorri pra mim - faz tanto tempo que não venho aqui - suspira e me olha- vamos descer querida.

A sigo até entrar no aeroporto, pegamos nossas malas e seguimos para fora, um carro preto estava a nossa espera o que parecia também ser do conselho tutelar, guardamos nossas bagagens e então entramos.