Michéle Magnan
Solto um último gemido que escapou do fundo da minha garganta, enquanto Decan permanece insaciável no meio das minhas pernas pesadas e trêmulas, assim como o restante do meu corpo. Ele finalmente parece satisfeito quando a mistura de fluidos escorre do meu corpo, fazendo uma bagunça em sua cama.
Meu corpo está cansado e meu peito se projeta para cima e para baixo repetidas vezes, tentando normalizar minha respiração. O corpo nu do garoto caiu ao meu lado, bem próximo ao meu, me permitindo sentir meu próprio aroma impregnado por todo seu rosto. A visão era viciante e me fazia querer repetir tudo novamente.
Há semanas que me escondo embaixo de seus cobertores pesados, encontrando conforto em seus braços quentes capazes de me acolher como ninguém nunca o fez antes.
- É impressionante como seu gosto fica cada vez melhor - O rapaz bonito está com os olhos fechados e parece não se importar com sua própria nudez, pois um sorriso satisfeito está debruçando para fora de seus lábios. Seus lábios bem desenhados, que tanto me davam prazer.
- Eu gostei quando você fez aquilo. Quando colocou minhas pernas sobre seus ombros e…nossa! Eu gostei daquilo - Me referi ao momento em que, tomado pelo desejo, Decan me dobrou como bem quis e desferiu seus movimentos repetitivos dentro de mim sem o menor pudor ou cuidado, acertando todos os meus pontos mais sensíveis e me fazendo revirar os olhos e ter espasmos violentos em sua cama.
Ele não aguentou quando eu o mandei ir mais forte, levando poucos minutos para se desfazer dentro de mim. Logo depois, ele assumiu seu lugar, me abrindo como bem quisesse e me levando ao puro deleite com sua fome destrutiva e incansável.
Descamps se levantou, saindo do quarto em seguida, ainda sem roupa. Ele ficava leve e descontraído quando seus pais estavam fora. Ele retorna alguns minutos depois, deitando sobre meu corpo coberto por marcas avermelhadas e pela fina camada suor. Seus beijos em meu pescoço estavam em busca de puro afeto.
- Vamos para o banho.
Joseph me levou até a banheira e as bolhas de sabão sobrepostas à água fumegante me fizeram ir rapidamente. A sensação de estar em seus braços já havia se tornado familiar e seu toque já me era frequente e natural.
- Me conte no que está pensando, querida - Ele pediu, enquanto esfregava delicadamente a esponja em meus braços.
- Só me entristece saber que daqui alguns minutos não vou mais estar com você - Eu não queria soar como uma reclamona carente, então tentei ser breve em meu desabafo. A verdade é que era puramente entediante estar na minha casa. Estar aqui com ele era leve e divertido.
- Se fugir comigo, vai poder me ter só para você - Eu suspirei imaginando como seria, ainda que fosse apenas uma brincadeira. Um faz de conta.
- Eu seria feliz assim - Concluí.
Despedir-me de Decan havia sido especialmente difícil hoje. As horas anteriores inebriaram minha mente como a fumaça de seus cigarros irritantes. A forma como ele podia ser bruto e carinhoso no momento e na medida correta. Como ele se empenha para me arrancar os prazeres mais sinceros e como ele venera meu corpo. Quando estávamos longe um do outro, tudo isso parecia um sonho distante. Um mero devaneio da minha mente desesperada por distrações.
Em casa, estou tão focada em meus próprios pensamentos, que cometo o erro idiota de não conferir minha aparência antes de simplesmente sair entrando.
- Por que seu cabelo está molhado? Achei que tivesse ficado até mais tarde na biblioteca hoje - A voz da minha mãe é inquisitiva e ela me olha com a sobrancelha erguida, enquanto eu estou me amaldiçoando em silêncio, despejando mil pragas em cima da minha burrice e desatenção.
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Mixte 1963
FanfictionO Instituto Voltaire antes somente para meninos aderiu uma nova política de admissão: agora tornaria-se um colégio misto, forçando garotos acostumados a lidarem apenas com o mundo masculino, de repente, estarem rodeados de saias, laços e atrevimento...