CAPÍTULO 51

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"Yo si quiero que alguien
me invite un vino, suba
una foto mia y ponga..
A ella le gusta el vino y
a mí me gusta ella"

25 DE JULHO DE 2007 - ALFONSO HERRERA - CONCIERTO CONFESIONES

O show foi incrível, intimista, com uma pegada mais acústica, Anahi estava impossível, ela me provocava, chegava perto, sabia que eu estava entregue, não queria estar assim tão bobo, mas não sabia controlar o desejo por ela e agora percebia que não era apenas desejo, tinha algo muito mais forte.


O curto período que estive com Claúdia e antes quando ficava com outras esporadicamente sempre sentia falta de algo, nenhuma tinha o olhar, nenhuma tinha o sorriso, nenhuma me tirava de letra quando estava um pouco mais mal humorado, nenhuma me dava um simples abraço como ela, por que nenhuma afinal era ela.

E infelizmente demorei a perceber isso, ou talvez não queria perceber, não queria aceitar que aquele sentimento de amizade havia se transformado em algo mais. Agora soube que ela estava meio enrolada com um tal de Rodrigo que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecê-lo a fundo, apenas o tinha visto no aniversário de Anahi.

Ficamos alguns dias no México e ver Anahi agora próxima e saindo com Rodrigo e amigos me deixava chateado.
Estava provando do meu próprio veneno, e ela sabia disso, não me deixava tocá-la com mais intimidade, fugia se estar sozinha comigo, o único beijo que consegui foi dentro do banheiro naquela coletiva de impressa.
Ela era minha tormenta e meu caos, vestida com um sorriso doce e tranquilo e um tanto perversa... eu estava merecendo.

ANAHI PORTILLA - 1 DE NOVEMBRO DE 2007

Os dias se passaram, desde o dia 11 de agosto havíamos saído do México e voltamos pouquissimas vezes em passagens rápidas ficando apenas dois ou quatro dias entre os novos embarques.

Havíamos passado pelos EUA, tínhamos nosso próprio ônibus e estávamos mais grudados como nunca, me refiro a todos do grupo, antes dormíamos em hotéis, mas na maioria dos dias estávamos viajando e dormindo no ônibus o que nos deixava com mais contato direto de todos e ao mesmo tempo sem tanta privacidade.

Já havia liberado alguns selinhos com Poncho, alguns carinhos enquanto estávamos dentro do ônibus, mas nada além. Depois do que aconteceu com Claúdia fiquei temerosa de me entregar totalmente, de sofrer de novo, ainda não havia esquecido da dor e peso que sentia no peito quando ele me falou que estava com ela, ainda era tudo muito recente. Estava morrendo de saudades de estar em seus braços, de senti-lo dentro de mim, mas ao mesmo tempo a razão me suplicava por ter controle, para não me magoar novamente, além disso Rodrigo estava ganhando espaço, me mandava mensagens toda semana procurando saber como eu estava enquanto estávamos em tour, saíamos juntos quando eu estava no México mas nem sempre ficávamos, ele era uma ótima companhia, mas não era Alfonso.

Em uma das noites no meio da tour, no entanto, paramos em uma cidade para dormir com mais conforto, teríamos tempo para pernoitar sem perder nossos compromissos.

Jantamos todos juntos animadamente, o clima estava maravilhoso entre todos. Poncho carregava um sorriso maroto no rosto, estava feliz, leve, brincalhão... me fazia cócegas, carinhos... estava a vontade, o velho Poncho que conhecia havia voltado. Sentia que nosso hiato estava prestes a chegar ao seu final, não suportaria mais uma noite sem tê-lo comigo.

Depois do jantar fomos cada um para seu repectivo quarto, teríamos que acordar cedo para retomar viagem.

Poncho - Buenas noches Ani - falou se aproximando para beijar minha testa, quando paramos em frente a porta do meu quarto.

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora