Alya lutava contra os obstáculos à sua frente, numa corrida frenética para alcançar sua amiga, que escapava furiosa entre os mastros do navio.
— Marinette, por favor, espere!
A azulada parou subitamente, virando-se para encarar Alya, os olhos ainda faiscando de raiva contida.
— Agora não é hora, Alya. Quero ficar sozinha.
Desacelerando seus passos, Alya manteve uma distância respeitosa da amiga, cujo temperamento ardente a precedia.
— Eu entendo, mas preciso que se acalme. – solicitou Alya. – Qual o motivo dessa explosão? Pensei que você soubesse lidar com as coisas de forma mais leve...
Marinette suspirou, cerrando os olhos por um breve instante antes de responder.
— Foi... a minha espada... ele me humilhou! Ele me derrotou!
Alya franziu o cenho, expressando uma indignação genuína.
— Você está assim por causa do duelo? – interpelou, aproximando-se alguns passos de Marinette. – Pelo que sei, você é a mais habilidosa espadachim dos mares. Não testemunhei nenhuma derrota. Aquela foi a batalha mais épica que já vi em toda a minha vida.
Marinette riu com escárnio, sentindo o sangue subir cada vez que se lembrava das palavras do seu inimigo.
— Adrien me desarmou e me confrontou diante de toda a tripulação. Existe algo mais humilhante que isso?
— Foi mera sorte dele. – Alya pousou as mãos nos seus largos quadris. – O príncipe se aproveitou de um momento de distração, Marinette, percebi isso. Essa situação não reflete em nada na sua competência, nem tampouco em sua posição como capitã.
— Alya, ele é incrível. Eu mal consegui tocá-lo durante o duelo.
A morena aproximou-se da amiga, até que sua mão direita encontrasse os ombros caídos de Marinette. Com empatia, Alya a consolou:
— Sinto muito que você se sinta assim, Mari. Porém, isso não diminui sua capacidade, nem sua liderança. Você é muito mais que uma única derrota.
— Eu sei, mas... é tão difícil não me sentir abalada. Principalmente por ter sido ele a me vencer. O que ele irá pensar de mim?
— Ah, então agora está claro... — disse Alya, com um sorriso astuto surgindo em seus lábios.
Marinette inclinou a cabeça em confusão.
— Está preocupada com a opinião do príncipe sobre você.
— O quê!? Não, claro que não! Isso é absurdo. — Marinette virou o rosto, cruzando os braços em birra. — Minha preocupação é como sua visão pode acabar afetando nosso plano. Se ele me venceu, pode acreditar que sou vulnerável. E se ele achar que sou vulnerável, não terá medo de mim.
— Não vi um traço sequer de medo nos olhos daquele homem durante o duelo. — Alya arqueou uma sobrancelha. — De fato, as faíscas entre vocês pareciam eletrizantes. Cheguei até a sentir calor! — Alya se abanou, fingindo estar ofegante.
— Se preferir, o mar está logo ali. Pode pular. — Marinette apontou para o horizonte azul. — E não, Alya, você está enganada. Não há química entre nós, a não ser a que me faz explodir de raiva.
— De fato... — Alya girou o pé inocentemente, fitando o chão, segurando o riso. — A química entre vocês foi tão intensa que explodiu sua mente.
Determinada a ir embora, Marinette voltou-se na direção que seguia anteriormente, mas Alya segurou seu pulso.
— Me perdoe! Me perdoe! Não tocarei mais nesse assunto. Direi aos demais que evitem trazê-lo à tona, se isso lhe conforta. Se preferir, fingiremos que nada ocorreu.
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Andando Na Prancha | Miraculous Ladybug AU
AventuraEm um mundo de oceanos revoltos e segredos, a capitã Ladybug ergue as velas do Navio Miraculous para desafiar o poder opressor do rei Gabriel Agreste. Porém, enquanto os ventos da revolução sopram, o pirata Hawkmoth busca despertar os Miraculous, cr...