Um crime pode ser fragmentado em mil pedaços microscópicos, onde cada pista é do tamanho de um átomo até o momento do desfecho. A unidade 78° lida com casos grandes que movimentam toda a cidade de Manhattan, que vão de homicídios simples a serial ki...
Nunca nos libertaremos Cordeiro para o abate O que você vai fazer Quando houver sangue na água
O preço da sua ganância É seu filho e sua filha O que você vai fazer Quando houver sangue na água Blood Water - Grandson
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☢️ O capítulo contém homofobia e assassinato explicito ☢️
A quarta feira sempre era mais calma na delegacia, até parecia que os bandidos deixavam o fim de semana para aprontar seus crimes, porém dessa vez o caos já começou às duas horas da manhã.
Apressei o passo até a sala do tenente devido a um aviso para toda a equipe, quando cheguei já estavam todos na sala com uma expressão de cansaço mesclada com medo e temor.
— O que aconteceu senhor? — Questionei preocupado com toda aquela tensão palpável no ar.
— Aysha Lopes, foi encontrada morta, estuprada e sodomizada atrás de uma lixeira qualquer — Ele respondeu ao mostrar a foto de uma moça na tela.
— E por que isso foi designado para nós? Não deveria ter ficado com a delegacia da mulher?
— Aysha era uma mulher trans que lutava pelos direitos da classe LGBTQIAP+, foi um crime de ódio premeditado.
Crimes de ódio eram uma das piores coisas de enfrentar, o fato era que ser diferente causava morte, intrigas e até mesmo brigas entre pais que não aceitavam filhos gays.
Os policiais isolaram a cena do crime, ou pelo menos tentaram, repórteres e ativistas brigavam tentando saber mais detalhes, porém ninguém sabia nada.
— É verdade que mais uma mulher trans foi morta por culpa da irresponsabilidade policial?
— A culpa é da sociedade hipócrita e homofóbica, e não da polícia — Argumentei irritado com a audácia do repórter — O que culpa é a desinformação e as fake News que abutres como vocês disseminam.
Atravessei a fita da polícia e caminhei até onde a perícia examinava o cadáver de Aysha, encarei o corpo frio e sem vida e segurei a lágrima de dor que residia em meu peito.
