Lena colocou a bolsa na mesa do corredor e começou a tirar o casaco. Tinha sido um longo dia, onde sair cedo era simplesmente impossível. Ela telefonou mais cedo e perguntou a Kara se ela se importaria de cuidar das crianças. Kara, como previsto, dissera que não era problema e que deveria voltar para casa quando pudesse.Ela pendurou o casaco no armário e franziu a testa ao ouvir passos martelando escada abaixo. Ela se virou.
"Mãe!" Alexia gritou, lágrimas escorrendo pelo rosto.
"Querida?" Lena começou a entrar em pânico. Ela caminhou em direção à filha, com os braços estendidos.
Alexia se jogou nos braços de Lena.
"Querida, o que foi?" Lena a abraçou com força, mil pensamentos passando por sua mente sobre o que deixava Alexia em tal estado.
"Mãe, você tem que consertar isso. Você precisa", Alexia murmurou.
Lena soube naquele segundo que iria consertar isso. O que quer que fosse. O que quer que tenha reduzido sua querida menina às lágrimas seria consertado.
"Consertar o quê? Você está me assustando, querida."
Alexia deu um passo para trás e esfregou o rosto vermelho. "Kara está indo embora. Ela conseguiu um emprego e partirá em alguns dias."
Lena sentiu o sangue gelar com a notícia. Ela já esperava por isso, mas, enquanto se escondesse em seu escritório, poderia fingir que estava tudo bem. De todas as coisas que Alexia poderia exigir que ela consertasse, essa era a que ela sabia que seria impossível.
"A culpa é sua, você tem que consertar isso", disse Alexia, seu rosto ficando incrivelmente mais vermelho.
"E-eu não posso consertar isso, querida. Não há nada que eu possa fazer, Kara tem sua própria vida, e se ela decidir ir e..."
Alexia se livrou das mãos da mãe. Ela olhou para ela com um olhar aparentemente genético.
Lena congelou. O rosto de Alexia estava venenoso por não ouvir o que queria ouvir.
"Eu odeio você", disse Alexia. Ela começou a chorar e subiu as escadas correndo.
Lena ficou em estado de choque. Ela sabia que deveria fazer alguma coisa, mas não tinha ideia do quê. Kara estava indo embora. Alexia a culpou, com razão.
Ela não conseguiria consertar as coisas. Muitas coisas aconteceram no passado para serem consertadas assim. Não que ela pudesse explicar adequadamente essas coisas para Alexia.
Ela levantou as mãos para esfregar os braços. Ela não estava acostumada a não saber o que fazer e não gostava da sensação.
"Ela não quis dizer isso."
Ela se virou para ver Colin aparecer da cozinha. Ele mordeu uma maçã e se apoiou no batente da porta.
"Ela parecia estar falando sério", disse Lena.
Ela podia sentir as lágrimas se formando e rapidamente se virou. Colin não precisava ver sua fraqueza.
Ela sentiu um braço em volta de seu ombro.
"Vamos", ele disse suavemente, "vamos para o escritório."
Ele a guiou pelo corredor até seu santuário. Quando eles estavam em segurança lá dentro, ele fechou a porta atrás deles e a acompanhou até a poltrona.
O gesto comovente fez com que algumas lágrimas caíssem. Ela pegou um lenço de papel da caixa que estava na mesinha lateral e enxugou os olhos.
Colin pegou uma garrafa de água do frigobar no canto da sala e serviu um copo para a mãe.
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KARLENA - Ice Queen
FanfictionLena Luthor, a principal editora de uma prestigiada revista de moda, sempre acreditou que sua fiel assistente, Kara Danvers, a havia abandonado repentinamente em Paris. Um ano depois, Lena descobre que Kara não a abandonou, mas sofreu um grave acide...