Lena sentou-se na escada. Seu olhar passou entre a porta da frente e o telefone que ela segurava nas mãos. Já fazia uma hora desde que Kara e Colin partiram e não houve nenhuma notícia deles.Seu peito estava apertado e sua respiração era superficial. Ela só podia imaginar o estado em que deveria estar, fraca e quebrada.
Ela não pôde evitar a risada amarga que escapou dela e ecoou pelo corredor vazio. Como caíram os poderosos, pensou ela. Há apenas algumas horas eu estava no topo do mundo, administrando meu império. Agora perdi minha filha mais nova.
Ela olhou para o telefone novamente, com medo de perder uma ligação ou mensagem importante. Ela ligou para a polícia e informou-os da situação. Embora não tenha sido possível criar um boletim oficial, ela teve a garantia do comissário de que a notícia seria distribuída aos policiais relevantes em patrulha em seu bairro.
A constatação de que ela não tinha ideia de para onde Alexia iria ou o que faria era assustadora. Ela realmente sabia tão pouco sobre sua única filha? Alexia reclamou que a mãe trabalhava demais. Ela sempre se referia a CatCo como sua irmã mais velha e, ocasionalmente, como a filha favorita de Lena.
É claro que Lena fez tudo o que pôde para acabar com isso. Mas agora ela se perguntava se talvez houvesse alguma verdade nisso. Ela classificava o trabalho acima da família? Pelo menos pela razão de que o trabalho iria chutar, gritar e desmoronar se ela estivesse ausente, enquanto a família faria o possível para perdoá-la.
Se Alexia voltasse para casa, as coisas mudariam. Elas teriam que mudar.
Cada prêmio e elogio não significavam nada se ela tivesse que experimentar mais um segundo desse terror absoluto.
A campainha tocou.
Ela quase tropeçou na pressa de chegar à porta. A fechadura travou por um momento, mas ela finalmente abriu a porta. Dois policiais estavam na porta, Alexia entre eles.
Ela parecia furiosa, mas bem.
"Senhorita Luthor," a policial cumprimentou. "Encontramos sua filha no parque."
Lena sentiu as sobrancelhas levantarem. A simples ideia de Alexia sozinha no Central Park à noite fazia suas pernas tremerem.
Alexia passou correndo por ela e entrou em casa, sem dar uma segunda olhada na mãe.
Lena a observou subir as escadas antes de voltar os olhos para os policiais.
"Muito obrigada."
"Estamos apenas fazendo nosso trabalho. Tenha uma boa noite, senhora."
Antes que ela tivesse a chance de formar uma frase, eles estavam a caminho novamente. Ela fechou a porta da frente e se apoiou nela enquanto respirava fundo e trêmula.
Ela enviou uma rápida mensagem de texto para Colin e Kara para que soubessem que Alexia estava em segurança em casa.
"Alexia?" ela chamou enquanto subia as escadas.
"Vá embora", a resposta abafada indicou que Alexia estava em seu quarto.
Lena subiu rapidamente as escadas e ficou do lado de fora da porta fechada do quarto. Ela queria empurrar a porta para o lado e abraçar Alexia com força, mas sabia que sua presença ainda não era bem-vinda.
Ela bateu na porta. "Querida? Por favor, podemos conversar?"
"Não." Ela parecia estar chorando.
Lena não estava disposta a ficar parada ouvindo o som dos soluços.
"Estou entrando," ela anunciou. Ela agarrou a maçaneta da porta e entrou no quarto.
Alexia estava encolhida na cama, de costas para o quarto. Ela abraçou seu ursinho de pelúcia favorito contra o peito.
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KARLENA - Ice Queen
FanfictionLena Luthor, a principal editora de uma prestigiada revista de moda, sempre acreditou que sua fiel assistente, Kara Danvers, a havia abandonado repentinamente em Paris. Um ano depois, Lena descobre que Kara não a abandonou, mas sofreu um grave acide...