Diane se deu conta de que não poderia ficar chorando a noite toda, principalmente quando percebeu que o jantar era daqui a pouco.
Era um jantar especial que ela não poderia perder de modo algum, mas Diane não tinha qualquer vontade de fazer esforço para esse jantar.
Ela começou a pensar na transformação: na dor insuportável que ia sentir e até mesmo mudar fisicamente. Só de pensar que nunca mais poderia ver o sol nascer, fez com que ela tivesse calafrios.
- Será que é tão ruim assim a transformação?
Ela foi até uma estante de livros que tinha no quarto e pegou um livro de capa preta.
- Papai, o Drácula... Me fez aprender sobre a transformação desde muito nova.
Mas ainda era muito confuso para ela.
Diane abriu o livro na página 45, onde as palavras falavam claramente sobre como a transformação seria.
- Eu nem deveria estar me preocupando com isso, preciso evitar a transformação não é?
Mais uma vez ela ouviu batidas insistentes na porta.
Elas eram insistentes e irritantes, Diane ignorava com prazer, mas já estava na hora de ceder.
- Pode entrar. - Ela gritou enquanto enrolava uma mecha de seu cabelo.
Diane devolveu o livro até sua estante e foi até a cama rapidamente.
Era Katherine, a jovem empregada humana que seu pai havia contratado a menos de um mês.
O seu cabelo ruivo avermelhado se destacava sobre sua pele quase pálida, e como de costume, usava o vestido imenso que tinha ganhado de Diane, como forma de presente.
Elas haviam se tornado boas amigas em poucos dias.
Os olhos azuis de Katherine estavam acizentados e isso só poderia dizer uma coisa: Drácula tinha a enfeitiçado. De novo.
- Pobre Katherine, meu pai a hipinotizou novamente... — Sussurrou Diane.
Normalmente, ele fazia isso para poder beber o sangue jovem dela sem o consentimento. No jantar ele falava para ela que era vinho para que Diane pudesse acreditar.
Quando as criadas notavam que estavam servindo de comida para o Conde, logo gritavam e pediam demissão; e isso era como se elas estivessem assinando a sentença de morte delas.
Mas por mais maluco que poderia ser, Drácula não fazia para machucar, era apenas mais um servo de sangue que ele usa e descarta.
- Óh céus! Você ainda não está vestida! - Katherine disse apavorada enquanto passava os dedos nos vestidos de Diane. - Seu pai mandou avisar que hoje o jantar vai ser diferente, os Brienne vão estar aqui!
- Eu me recuso a ir nesse jantar! - Protestou Diane.
- O que?
- Não estou afim de ver um futuro marido que poderia ter sido apresentado a mim muito antes.
- Condessa Diane a vossa senhoria não pode fazer isso com o seu pai, para seu bem eu lhe aconselho para que não desafie a autoridade dele. - Ela falou preocupada. - Não faça ele vir aqui, pois hoje ele torturou mais cinco camponeses e não sei como ele reagiria se visse você questionando as ordens dele.
Katherine pegou um vestido vermelho com detalhes em preto e começou a admirá-lo.
- Você vai com este aqui.
Diane apenas assentiu com a cabeça e deixou que a empregada a vestisse.
- Você sabe o que fazer.
- É uma honra ajuda-lá com o seu vestido.
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A Filha do Drácula (Concluída)
VampireNa Europa do século XV, mais precisamente em 1428, os vampiros eram livres para viver entre os humanos sem precisar ocultar suas verdadeiras identidades. O Conde Drácula reinava como líder na Romênia e, quando um vampiro completava 17 anos, era obri...