Sebastian concordou com a cabeça ainda sorrindo. Seus olhos eram as coisas mais brilhantes que Diane já tinha visto na vida, isso fez com que ela retribuisse o sorriso.
- Você sempre foi lindo assim?
Sebastian sorri malicioso.
- Tenho a boa genética da família Jones, apenas isso.
- A família que meu pai tanto odeia.
Sebastian ignora essas palavras.
- Te vejo amanhã minha princesa. - Ele disse, depois saltou para fora do quarto da moça.
- Até amanhã, Sebastian.
- Use seu vestido mais bonito.
- Alguma ocasião especial?
- Você vai saber quando nos encontramos.
O coração de Diane disparou nesse momento, só poderia significar uma coisa.
Mas ela realmente está pronta para se casar?
Sebastian desaparece na escuridão interrompendo esses pensamentos.
Diane continuou a admirar a grandeza do céu e percebeu o quão pequena e talvez insignificante ela era.
[...]
Restavam poucas horas antes de amanhecer, diante do seu reflexo no espelho Diane percebeu que seu cabelo tinha crescido de uma forma anormal, dando lugar á um cabelo grande e enrolado - que antes era curto e liso - e também estavam muito mais brilhante, seus olhos estavam com um marrom mais claro, com uma cor platinada.
Agora ela estava parecendo uma vampira de verdade. Aquele olhar a fazia sentir como seu pai, o pensamento fez com que ela rapidamente escondesse o rosto entre as mãos.
Medo do que a aguardava num futuro não tão distante, numa eternidade que demoraria a acabar. A transformação estava vindo tão depressa, aparecendo mais rápido do que ela pensava, logo teria que matar ou morrer, diante daquele momento percebeu que faria qualquer coisa para viver com Sebastian.
Infelizmente isso significa que ela teria que matar alguém inocente. Uma alma que ela mandaria direto pro inferno, sem mais nem menos.
Ou era alguém, ou era ela. E essa escolha a fazia tremer, a sentir um medo que jamais tinha sentido na vida, nem mesmo quando mataram sua mãe.
- Eu vou ser uma vampira, não posso fugir disso!
[...]
Sebastian
Após deixar o castelo e seus arredores, Sebastian andou rapidamente pelas ruas frias da Transilvânia, o caçador decidiu que iria para o cemitério para visitar seus antepassados.
Quando chegou lá, sentiu um cheiro de Morte. Não a Morte velha, dos mortos, mas sim a nova. E isso só poderia significar a nova guerra que estava por vir, e ia matar milhões, talvez até matar todos humanos, vampiros, e talvez até os poucos bruxos que vivam na Transilvânia.
Os dois povos iam se enfrentar sem nenhum motivo aparente; apenas pelo sádico prazer de matar. E aquele pensamento fez com que ele tivesse arrepios na nuca enquanto caminhava no meio dos mortos.
- A guerra vai abalar todo o reino, Transilvânia pode não aguentar o impacto que está por vir.
Ele logo percebeu que os túmulo dos vampiros que ali estavam não tinham cruzes, tinham grandes monstruosas gárgulas de pedra.
Foi até no fundo do cemitério para ver os antepassados, os que realmente fundaram a sua preciosa cidade.
E lá numa lápide bonita demais pra um qualquer, estava o nome de Elizabeth Van Hallen, nascida em 1340 e morta em 1426, com as palavras ''Mãe, guerreira incomparável. Sempre amaremos você''.
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A Filha do Drácula (Concluída)
VampireNa Europa do século XV, mais precisamente em 1428, os vampiros eram livres para viver entre os humanos sem precisar ocultar suas verdadeiras identidades. O Conde Drácula reinava como líder na Romênia e, quando um vampiro completava 17 anos, era obri...