Capítulo 14.

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Pov: Chaeyoung.

— Chaeyoung, querida, você está bem? Você parece chateada.
— A voz da minha mãe na linha foi a melhor coisa que eu ouvi em muito
tempo.
Me sentei na minha cama, no meu apartamento. Ele estava frio e
imóvel, mas eu estava feliz por ter um lugar para ir. Emma não estava
em casa e estaria longe dos olhares dele, nem que fosse por uma noite
ou duas.

— Eu estou bem mãe, apenas cansada. Como você está? Como está o papai?
Ela suspirou. — Eu estou bem. Seu pai é ... Bem ele está fazendo o melhor.
Eu apertei a ponta do meu nariz. Eu sabia que tom era esse.
Fazia vários dias desde que nós tínhamos conversado pela última vez.
Desde a nossa conversa com o médico há várias semanas, nossas conversas tinham sido breves, e em uma das quais lhe disse que enviaria mais dinheiro, na verdade semanalmente. E eu desliguei o telefone antes que ela pudesse argumentar.

— Você está recebendo o dinheiro?
— Sobre isso Megan, eu não quero você se complicando. Estou à procura de algum trabalho por um período parcial e tenho certeza que
tudo vai ficar bem. Você precisa cuidar de você.
— Não, mãe. Você está aposentada. E há o suficiente para os pagamentos da casa e contratar alguém em tempo integral para cuidar de papai. Por favor, mamãe, apenas o aceite. Cuide de você e do papai com ele. Não está me prejudicando enviá-lo.

Eu ouvi seu pobre soluço e eu não podia deixar de sufocar as
lágrimas. Eu soube então por que eu tinha concordado com este
contrato em primeiro lugar. As razões estam na outra extremidade do
telefone. Foi apenas um acidente confuso que o contrato incluía uma
Mulher difícil pelo qual eu estava caída.

— Agora, já basta de falar sobre o dinheiro.
— Eu disse enxugando os olhos.
— Eu quero saber mais sobre você e papai. Como estão os exercícios que o médico recomendou, estão ajudando? Você o está usando o jardim, afinal?
Minha mãe abafou alguns soluços com um lenço de papel, certamente estava chorando e mudei o assunto para não fazê-la chorar mais.

— As petúnias estão florescendo bem. E fazemos os exercícios.
Alguns dias parecem ajudar, mas outros... Nem tanto. Ele está
tentando, embora. É difícil, querida. Num momento ele está fazendo
sentido, o próximo ele está confuso ou fala sobre eventos passados, como fosse no presente. O médico disse que isso é apenas como a doença avança.
— Teve sorte de encontrar uma enfermeira?

— Nós entrevistamos algumas. Ainda não há nada permanente.
Eu balancei a cabeça mesmo sabendo que ela não podia me ver.
Demência degenerativa. Mais cedo ou mais tarde meu pai perderia a
maior parte de sua mente. Todos os dias ele piorava, a nossa única
esperança era a de retardar o processo.

— Posso falar com ele?
— Claro! Ele adoraria ouvir a sua voz. Vou colocar no viva-voz,
ok?

Esperei um minuto, em seguida, ouvi a voz do meu pai. — Olá?
— Oi, papai! Como você está?
— Judy querida, estou... — Ele parou e eu ouvi um murmúrio da mamãe.
— Não, eu sou a Judy. Chaeyoung que está no telefone.
— Chaeyoung?
— Sim, Leo. Chae. Sua filha.
Ouvindo a discussão dos meus pais rasgou o meu coração.
Minha mãe estava tentando ficar quieta, então eu não podia ouvir. Eu
pressionei minha boca e fechei meus olhos para não chorar.

— P... Papai? — Eu tentei novamente. — Papai, é Chaeyoung.
— Pequena Esquila! — Um suspiro de alívio explodiu no meu peito. — Eu
sinto falta de você, garota. Como é que a escola está indo?
— Chaeyoung formou na faculdade há um tempo atrás. Ela está em
Nova York agora. — Minha mãe esclareceu.
— New York?
— Está tudo bem, mãe. — Eu disse.
— Estou indo muito bem,
papai. Como você está?

Slowly possess me. Chaesoo G!P Onde histórias criam vida. Descubra agora