XVI Beijo de cura

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Luke

Com um pouco de dificuldade consigo arrastar Aemond em direção a sala, colocou almofadas debaixo da sua cabeça e vou até o banheiro pegando a minha maleta de primeiros socorros, a sorte dele é que eu tenho uma criança dentro de casa que se machuca mais do que qualquer outra coisa, sorte mesmo, porque se não ia ter que esperar a boa vontade do serviço de saúde de Londres. Rasgo a camisa dele para ver o estado que estava, havia um buraco do seu lado direito de onde saia o sangue, levantou um pouco o corpo dele e vejo que pela parte de trás havia outro buraco, menos mal, a bala entrou e saiu, pior seria eu ter que tirar essa bala.

- Que merda você estava fazendo no meio de um tiroteio? - Resmungo procurando por gazes e álcool para limpar a ferida. - Sério...

- Lu...? - Ergo meu rosto e encontro ele de olhos abertos me encarando confuso. - Onde... Onde estou?

- Na minha casa, agora preciso que você não faça barulho, não tenho nada para impedir que doa. - Digo enquanto molho o algodão de álcool.

- O que você... Caralho! - Ele geme de dor quando enfio o algodão na ferida dele para desinfectar, confesso que foi prazeroso ver ele gemendo de dor. - Puta merda, Lucerys!

- Para de falar palavrão, eu tenho uma criança de 4 anos em casa. - Resmungo pegando outro algodão para colocar mais álcool. - E para de resmungar, seja homen e aguente calado.

- Mas isso dói...

Fingo não ouvir o que ele tinha dito e volto minha atenção para o machucado dele, limpo calmamente me perdendo em pensamentos, era melhor do que olhar pro peito dele definido, estava curioso para saber como ele conseguiu aqueles músculos durante esses cinco anos, mas então me lembro da merda que ele fez comigo e aperto o algodão com mais força na ferida dele o fazendo resmungar de dor novamente. Voro-me mexendo na caixa de primeiros socorros até que encontro o esparadrapo e gaze para fazer o curativo dele, ajudo ele a se sentar com as costas contra o sofá e vou fazendo o curativo nele calmamente.

- Por que você tem uma caixa de primeiros socorros em casa? - Ele pergunta e ergo meus olhos com calma encarando ele por um segundo antes de mudar a direção do meu olhar.

- Eu tenho uma criança de 4 anos em casa mais hiperativa que o Aegon na idade dele. - Comento termino de fazer o curativo e me afasto fechando a caixa de primeiros socorros. - Não posso levar ele pro hospital por causa de um joelho ralado, preciso ser prático.

- Qual o nome dele?

- Papá, está na hora de ir pra escolinha? - Kinn aparece de novo no corredor, talvez os resmungos de Aemond tenha acordado ele e agora não tinha como ele dormir novamente. - Kinn, não quer mais dormir.

- Mas se Kinn não dormir vai ficar o dia todo emburrado. - Sorrio pro meu pequeno indo na direção dele e ficando na sua altura. - E não quero você de cara feia, queremos, amore mio?

- Não, papà. - Ele olha para além de mim e arregala seus olhinhos. - Papà tem um moço na nossa sala.

Olho para Aemond que estava assistindo nossa interação com atenção, como vou explicar isso para meu filho? Suspiro levantando e pegando Kinn no colo, meu menino continuava olhando para Aemond com curiosidade no olhar, claro que ele estava curioso, havia um homem estranho na sua sala com a camisa aberta e um curativo na cintura, quem não ficaria curioso?

- Kinn, esse é o irmão do tio Egg, ele sofreu um acidente e vai passar a noite aqui, ok? - Meu filho olha rapidamente para mim estudando minhas palavras com atenção. - Você pode me ajudar a cuidar dele?

- Papà, se ele está machucado então só o beijo de cura vai ajudar ele. - Kinn diz com inocência me encara do surpreso. - Beija ele papà! Cura o dodói dele!

You belong To me - Lucemond and JacegonOnde histórias criam vida. Descubra agora