XIX Eu sou o que?

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Luke

O carro estava virado na rua, minha cabeça latejava e eu senti algo quente escorrendo pelo meu pescoço, Kinn chorava atrás de mim e olho lentamente para ele e vejo que tem um pouco de sangue na sua bochecha, mas ele ainda estava preso na cadeirinha, isso era bom, isso era muito bom.

- papà, papà tá doendo. - Ele chora abertamente tentando esticar as mãos na minha direção. - Papà?

Tento responder ele, quero dizer que tudo ia ficar bem, que nós íamos ficar bem, mas quando abro a boca para responder ele sinto toda a minha vista ficar escura e a última coisa que me lembro é que eu tinha que salvar meu filho, se eu não tivesse como, então ele devia viver por mim.

- Kinn!

Meu coração bate acelerado no meu corpo, olho ao redor não reconhecendo aquele lugar de início, mas eu estava num quarto, como eu vim parar aqui? Tento me levantar e minha cabeça lateja, resmungo colocando a mão e sinto bandagens ao redor da minha pele, olho ao redor tentando entender onde estava e sinto uma sensação de déjà vu, parecia o meu quarto em Driftmark, até às mesmas cortinas, a mesa de canto, a cômoda e os livros na parede, era como se eu tivesse entrado numa máquina do tempo.

Levanto da cama confuso, porque estou no meu antigo quarto? Como eu vim parar aqui? Só lembro de está no carro com Kinn e então... Eu estava girando e girando, então ouvi gritos e o cheiro de sangue aumentou, Kinn gritou...

— Cadê meu filho? — Lembro nitidamente de acordar e não ver ele no carro e sinto o desespero no meu peito. — Kinn! Kinn!

Corro em direção a porta saindo o mais rápido que conseguia do quarto, é quando paro rapidamente, aquele não era o corredor de Driftmark, era um corredor mais claro de parede brancas, parecia de uma casa nova totalmente diferente de Driftmark que era antiga e parecia um castelo antigo, onde estou?

— Ah senhor Lucerys. — Viro-me dando de cara com uma mulher que parecia a governanta. — O senhor Targaryen vai ser informado que acordou.

— Onde estou?

— Na mansão Targaryen, em Londres.

A governanta se afasta me deixando confuso e sozinho ali naquele corredor, porque estou na mansão Targaryen? Decidido a descobrir o que estava acontecendo, sigo ela aumentando meus passos, preciso saber como vim parar nesse lugar e porque levaram meu filho, porque devia ter algum motivo.

— Senhor Targaryen, o senhor Lucerys acordou e... — Antes que ela continue falando empurrando ela lentamente pra sair da minha frente e dou de cara com a última pessoa que eu queria ver nesse momento.

— Luke!

Aemond estava atrás da mesa do escritório me olhando, havia alguns homens com ele no local que rapidamente se levantaram com a minha chegada, ele dispensou a governanta com um aceno de mão e ergo a sobrancelha sem entender, o que estava acontecendo? Eu não lembrava da família Targaryen ter uma casa em Londres, nem mesmo Aegon tinha tocado nesse assunto, por que se eu soubesse teria ficado o mais longe possível daquela casa, mas como foi que eu vim parar aqui?

— Sei que você está confuso, mas eu prometo responder todas as perguntas que tiver. — Olho pro rosto dele ouvindo atentamente suas palavras. — Sua cabeça como está? Ainda está doendo?

Ele avança na minha direção e por impulso dou passos para trás, isso faz com que Aemond pare onde está, os homens que estavam na sala nos observam com atenção, era como se fosse a primeira vez que nós vian juntos e isso já estava me deixando com vergonha.

— Quem são eles? — Pergunto e fico surpreso de como a minha voz saiu rouca.

— Eles? São meus sócios. — Ele diz rapidamente olhando para os sócios. — Saiam, depois resolvemos isso.

You belong To me - Lucemond and JacegonOnde histórias criam vida. Descubra agora