XVII Tudo de volta ao normal ou não

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Aemond

Não estava nos meus planos levar um tiro, na verdade, eu nem sabia que estava sendo seguido, tudo que eu queria era saber como ele estava, Aegon já estava dois meses sem me contar alguma coisa e eu tinha que garantir que ele estava bem, ver ele feliz no lançamento do seu livro também me deixava feliz, e por isso fui embora antes que ele pudesse me, eu ia retornar para Itália, mas quando Aegon contou que ele ia passar o natal na Itália com a condição que eu não estivesse lá, vi ali minha chance.

Eu poderia ter ele de novo.

Eu só tinha o plano de ficar esperando ele aparecer, eu ia me fazer de doido e então falar com ele, mas alguém tinha me seguido e quando vi estava chovendo bala em cima de mim, a única coisa que pensei foi que a poucos metros ele estava colocando seu filho para dormir, eu tinha que proteger eles.

Sento no sofá sentindo minha pele esticar e arder por causa do tiro, olho pro curativo que Luke tinha feito e pego meu celular que estava no bolso da calça, disco o primeiro número que tinha na lista, chama até que atende no terceiro toque.

Capo!

— Preciso de guardas costas. — Digo levantando do sofá falando o mais baixo possível. — Os meus pessoais e mais cinco para ficar de vigia.

— Onde você está, Aemond? — Ele esquece o tratamento e suspiro.

— Na casa do Luke. — A chamada do outro lado fica em silêncio e eu sei que ele está tentando assimilar tudo. — Aconteceu e eu acabei baleado na sala dele.

— O que você foi fazer em Londres, Aemond? O que está fazendo baleado na casa do meu irmão? — Jace agora parecia mais despertado com tudo que eu tinha dito. — Cazzo, ele sabe?

— Não, ele nem ao menos quis falar comigo, disse que era pra mim dormir e ir embora no outro dia. — Suspiro fechando os olhos colocando a mão no bolso procurando meu cigarro. — Kinn é perfeito.

— Ah você conheceu o garoto.

Conhecer era um eufemismo, eu lembrava daquele pequeno ser nos meus braços quando tirei ele daquela casa pegando fogo, na época eu não sabia o que ia fazer com aquele sobrevivente, ninguém devia ter sobrevivido, mas ele era apenas um bebezinho, foi quando Aegon me disse que Luke estava perdendo o rumo e eu achei que ajudar o bebê fosse ser bom para ele, só não esperava que ele fosse se apaixonar pela criança e adotar ela, mas pelo menos eu tinha feito duas coisas boas, salvei Luke de certa forma e aquele bebê também.

— Ele é bem esperto para a idade dele.

— Sim, as vezes ele me liga quando Luke não está perto. — Solto uma risada acreditando que o pequeno seria mesmo capaz disso. — Ele disse que quer conhecer Veneza.

— Por isso que ele concordou em ir pra Itália, por causa do filho. — Suspiro acendendo o cigarro e abrindo a janela pra fumaça ir embora.

— Achou que era por você? Aemond, ele é capaz de te matar.

Lembro da sensação da frigideira contra a minha cabeça, nisso Jace tinha razão, Luke era capaz de mim matar com raiva, o único que seria capaz e que eu deixaria.

— Manda os guardas costas, estou com medo de que alguem me viu entrando no apartamento do Luke. — Olho pro corredor que dava prós quartos. — E pede pra arrumar a casa de Londres, vou ficar aqui uma semana.

— Ele vai te despedaçar vivo se souber que você vai ficar aí.

— Então não vamos contar a ele. — Sorrio antes de desligar o telefone.

Termino de fumar o cigarro com o meu pensamento voando, eu tinha que fazer alguma coisa para manter os dois seguros, sei que Aegon é treinado para isso, mas não era demais um pouco mais de segurança, com calma, caminho na direção do quarto dele e vejo que ele dormia tranquilamente, Luke tinha mudado nesses 5 anos, as fotos não faziam jus ao que eu estava vendo, a paternidade tinha sido uma benção para ele.

You belong To me - Lucemond and JacegonOnde histórias criam vida. Descubra agora