Em meu caminho, parei em frente a veterinária do meu irmão, resolvi entrar para vê-lo, a porta estava encostada mas ele não estava lá, provavelmente foi na loja ao lado,comecei a olhar a loja, já tinha um tempo que não via aqui, foi ai que notei mais no fundo, uma porta que não tinha antes, abri e era um porão, achei estranho afinal porque teria um porão em uma veterinária? Empurrei a porta, e fui descendo as escadas, o que veria ali mudaria minha vida para sempre, logo na parede tinha um símbolo do deus mitra, meu coração gelou, e várias prateleiras com seringas, sedativos, lenços pretos, aquilo não parecia real, o porão tinha pouca iluminação, tinha uma cama perdida com as de hospital, eu não queria acreditar que meu irmão estava por trás daquilo… foi aí que ouvi sua voz…
Angelo: Aurora! Aurora: Irmão… não é o que estou pensando é? me diz que você não sabia que tinha esse porão aqui Angelo: Sinto muito, mas não posso mentir pra você Aurora: O que? então você… - as lágrimas caem - o professor, nosso pai? porque? ME DIGA PORQUE! - grito batendo no peito dele, que segurou minhas mãos Angelo: Desculpe, mas neste momento não posso te explicar nada - me afasto dele, e o irmão que me ensinou tanta coisa boa, que cuidou, e me protegeu desde pequena, que sempre disse o quanto me amava, agora está na minha frente, com um olhar diferente, um olhar que nunca vi antes, eu me dou conta que perdi tudo, quem eu mais amava e confiava é um assassino frio, porque ele fez tudo isso? Um sentimento de angústia e dor invadiu minha alma. Aurora: Meu irmão não é assim, o irmão que conheço e amo não é assim - falo com lágrimas nos olhos Angelo: Infelizmente, minha irmãzinha, seu irmão também é assim, e por hora, não posso deixar você sair, ele sobe as escadas e fecha a porta me trancando lá no porão. Aurora: Angelo… por favor… não me deixe aqui… por favor - sentei encostada na porta e chorei ainda mais.
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