Meu irmão organizou tudo para o velório, eu até queria o ajudar mas não consegui, só faz pouco mais de um ano que perdi a mamãe, agora o meu pai, e tudo isso me fez relembrar a perda do professor, o Angelo está sem expressão nenhuma, quero ser um pouco mais forte para superarmos isso juntos. Várias pessoas começaram a chegar, familiares, amigos, o Ale, Trey e o Tomás também vieram.
Se passaram alguns dias após o velório, e eu comecei a organizar meus pensamentos, e estou determinada a descobrir quem é o assassino, ele precisa pagar por tudo. Quando penso no dia do velório, lembro que o médico Tomás foi, e me pergunto o porquê, já que nossos pais não se falavam a anos, e é por ele que vou começar a investigar, eu só estava enfurnada dentro de casa, enquanto meu irmão cuida dos negócios.
Resolvi ir até o consultório do Tomás.
Secretaria: Olá, senhorita, em que posso ajudar? Aurora: Olá, gostaria de ver o doutor Tomás por favor Secretaria: A senhorita, tem hora marcada? Aurora: Não, só preciso falar com ele… Secretaria: Desculpe, não posso autorizar a entrada sem horário marcado Tomás: Aurora? - Ele se aproxima - Tudo bem secretaria Eva, por aqui - ele diz me mostrando o caminho, quando entro em seu consultório, me senti um tanto… estranha, é tudo extremamente limpo. Aurora: Alguém tem mania de limpeza - pensei em voz alta, ele me olhou e sorriu - desculpe. Tomás: Sem problemas, eu tenho um pouco dessa mania mesmo, fique a vontade, deseja algo pra beber? Aurora: Não obrigada. Tomás: Okay, a que devo a honra de sua presença? Aurora: Vim te perguntar algo Tomás: A vontade Aurora: Porque você foi até o velório do meu pai? - vou direto ao ponto sem rodeios, ele me olha como se não entendesse o porque da minha pergunta Tomás: Somos amigos de infância Aurora:Que perdemos o contato a anos Tomás: Nossos pais são amigos Aurora: Errado, eles foram, e você sabe muito bem que eles tiveram uma briga feia por conta de um dos terrenos para construção de um dos hoteis, até hoje esse terreno está lá sem sabermos a quem de fato pertence. Então, qual o verdadeiro motivo de você ter ido? - ele sorri Tomás: Isso é sério? Eu fui porque queria ver como você estava e prestar minhas condolências. Aurora: Eu não acredito nisso, mas tudo bem. É melhor eu ir. - me levanto saindo Tomás: Uau! Inacreditável! espera. - ele me segue saindo do consultório Aurora: Você não tem pacientes? Tomás: Agora não, pode me ouvir um segundo? Aurora: O que mais você tem pra dizer? Tomás: Eu não quero ter a mesma relação de nossos pais, não precisa ser assim entre nós e… - ele faz uma pausa - eu gosto de você! Aurora: Mas o que, você só pode estar brincando - volto a nadar, ele me segue um pouco e grita Tomás: Eu gosto de você! Há muito tempo eu sinto isso! Me ouviu? - me viro e ele para ofegante Aurora: Seu louco! não me siga! - ele dá uma risada e eu vou embora.
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