Resultando uma semana caótica, onde não tive nem tempo pra respirar direito, enfim chegou o tão sonhado fim de semana.
Tive de treinar dobrado, por cinco minutos de atraso. Se minha avó sonhar que fiquei sem comer direito esses dias, ela estaria na minha porta com uma panela de sopa.Pra a senhorinha não há nada que uma sopa não melhore.
Aproveitando o momento tranquilo, assim que acordei liguei pra Daiane pedindo que me encontrasse em um restaurante próximo.Tinha que resolver logo esse problema.
Estava deitado no sofá assistindo a teria do big-bang, quando senti meu celular vibrar sobre a mesa de centro. O verificando atendi a chamada.
— Oi Zeus! — falei, esperando que ele se irritasse.
— Para de me chamar assim. — murmurou. —Vocês são muito irritantes.
— Pra que ligou?
— Poderia ser só mais um pouquinho educado. — Enrolou mais um pouco sabendo que me irrita. — Está em casa? Peguei a roupa na loja, vou passar aí pra entregar.
— Não precisa vir, vou me encontrar com Daiane, depois passo na casa de vocês. — Enquanto eu tentava fazer o loiro desviasse sua rota, a imitação de bruxo chegou, todo encurvado por uma mochila que parecia ter o dobro do seu peso, e olha que não é pouca coisa, além de também está com os braços ocupados com livros que eu nunca leria na minha vida.
Acredito que ele chegou a ouvir o fim da minha frase, pôs ficou atento ao que eu dizia.Estava evitando trazer os meninos aqui, Guilherme pode ser bem intrometido quando quer e ele está agindo pelo desafio de mostrar que estava certo. Mas eu não vejo com bons olhos suas tentativas de seduzir o Yuri, o menino nunca olhou na direção dele.
— Já estou perto Alex. — falou um pouco mais baixo. Nos despedimos antes que desligasse.
Indo até a porta de quarto, que estava aberta, me escorei no batente.
— Zeus está vindo. — Vi o menino deixar o livro aberto sobre o tronco e elevar os olhos até meu rosto.
— Tudo bem. — falou.
Foi poucas as vezes que ouvi esse menino falar, mais sempre que abri a boca deixa escapar uma voz suave e cálida. Agora estava entrecortada, pois, estava nervoso e não sabia esconder isso, pela inexperiência no traquejo social.
— Não o manterei aqui por muito tempo. — Com veemência deixei claro. Ele simplesmente concordou comigo. Encerrando a conversa comecei a puxar a porta, mas fui parado.
— É errado?... sentir isso? — me olhando atentamente esperou ouvir o que tanto queria, mas essa é uma resposta que não posso dar.
— É isso que sente, que está errado? — franzindo os cenhos abaixou o olhar. — Não posso dizer o que tem de fazer com a sua vida, só você pode destinar o que é melhor pra si, mas não estará sozinho.
Esse foi o meu melhor. Não posso me intrometer na vida deles e decidir um futuro, imprudentemente. Eu sei que se decidir ceder as investidas do meu amigo, ele será um homem de sorte, e se não também será, pois, acredita nos seus princípios e os segue.
Esperei o galego pronto pra sair, o gorduchinho tinha saído pra buscar comida e bebida na cozinha em seguida voltou a ficar enclausurado no seu espaço. Ouvindo batidas na porta, a abri.
— E as roupas? — levantando uma sobrancelha estranhei o fato dele não está carregando nada.
— Bom, como você disse que iria se arrumar lá em casa, deixei no carro. — Passando por mim parou no meio da sala com as mãos nos bolsos.
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O Céu Na Palma Da Mão [concluído]
RomanceAtena Loyola que aos vinte e sete anos tinha o sonho de ser mãe, mesmo depois de ter passado por más experiências em relacionamentos fracassados, ainda assim decidiu realizar esse bendito sonho, nem que para isso tenha que fazer uma inseminação assi...