— cheguei. — Me colocando em frente à mulher, respirei fundo.
Escolhi um lugar que já conhecia, era pequeno com mesas redondas dispostas no salão e um balcão dividia a cozinha do restante do lugar, mas parecia uma lanchonete, era uma pena que não tinha fastfood.
Talvez minha acompanhante não tenha gostado tanto da minha escolha, pois estava um pouco encolhida no seu acento e a todo instante em colhia o nariz como se estivesse sentindo algum cheiro ruim. O que não era o caso pois o cheiro que vinha da cozinha era mais que convidativo, estava até fazendo minha barriga dar vária e varia voltas.
— Até que enfim. — Suspirando afrouxou a bolsa que agarrava sob seu colo.
Franzindo os cenhos conferir o relógio, mesmo sabendo que minha pontualidade não era o que de fato estaca a incomodar.
— Você já pediu?
Balançando a cabeça negou, se aproximou um pouco, como quem iria contar o segredo mais obscura então soltou:
— Podemos ir pra outro lugar, por favor?A olhando, controlei à vontade rir da mulher que olhava ao redor, parecendo que alguém iria lhe atacar.
Confirmando, me coloquei de pé. Igualmente um foguete, Daiane passou.
Do lado de fora ela estava respirando fundo com as mãos no cabelo.— Como consegui comer neste lugar? Tinha uma parede mofada... — olhei pra avenida na esperança de esconder meus lábios que insistiram em repuxar.
— Bom, me diga então pra onde quer ir? — Lhe direcionei pra o carro de Guilherme.
— Você conhece o restaurante InPariz que tem duas quadras da faculdade? — confirmando, coloquei o carro em movimento.
Relançando o relógio do painel me policiais, tenho que voltar no máximo duas horas antes, pois ante de sair fui ameaçado e não pretendo duvidar de uma ameaça feita por Gui.Eu sempre vim no Cebola brava e nunca percebi nenhuma parece com mofo, e se tiver a comida nunca me fez passar mau, não deve ser feita com descaso, tudo lá é bem higiênico não será uma parede que tirará o mérito da comida maravilhosa que produzem.
Estou morrendo de fome.
O plano estava indo bem, eu chegaria comeria, dispensaria Daiane de vez da minha vida e voltaria, sobrando trinta minutos de vídeos game com os caras. E agora estou aqui praticamente atravessando a cidade pra ir em um restaurante caríssimo, pra mimar uma patricinha.
Tomara que ache um cabelo no seu prato.E porque essa mulher não cala a boca? Ela como advogada deveria observar mais e falar menos. Tenho quase certeza, como quer incriminar alguém se acaba incriminado a si própria?
Estacionando na frente do lugar, sair sem me importar com o que dizia.— Isso sim é um bom lugar pra se alimentar. — "e ficar pobre." Quis cumprimentar, mas achei que não cabia no momento.
Depois de conseguirmos um lugar, pedimos, eu quase morri e dei graças a Deus, por Daiane ser uma mulher que abomina o cavalheirismo e paga suas contas, com tapas nas caixas dos peitos.
O garçom trouxe o meu prato e eu quase chorei nele pra ver se complementava e fazia valer a pena que eu estava dando por um pedaço de salmão grelhado encima de um montinho de arroz, e a palhaçada só piora. Na primeira garfada, larguei os talheres e apoiei os cotovelos na mesa.Aparentemente isso foi um incentivo pra a loira da sua opinião sobre o que escolheu pra mim. Por que?
Está tudo em francês nessa merda de menu, eu fui muito inocente por pensar que Daiane seria sensato em escolher algo com sustância ou que valesse a pena o meu suado dinheiro.Afinal eu não ralava de segunda a sexta naquela barbearia pra jogar fora em um peixe sem sabor.
— Está uma delícia, não é? — respirando fundo não tive coragem de me dirigir a ela neste momento, muito menos olhá-la.
Terminamos nossa refeição, também não tinha nada pra demorar. O garçom veio recolher os pratos e sugeriu minha salvação.
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O Céu Na Palma Da Mão [concluído]
RomantikAtena Loyola que aos vinte e sete anos tinha o sonho de ser mãe, mesmo depois de ter passado por más experiências em relacionamentos fracassados, ainda assim decidiu realizar esse bendito sonho, nem que para isso tenha que fazer uma inseminação assi...