CAPÍTULO 55

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"Qué te puedo decir que no te hayan dicho mis ojos?
Qué te puedo contar que no te hayan contado mis manos?
Cómo te puedo explicar lo que siento? Cuando te siento latiendo en todo lo que siento."

ALFONSO HERRERA - 22 DE DEZEMBRO DE 2019

Em um primeiro momento parecia que aquela Anahi de anos atrás estava diferente, era notável seu amadurecimento, estava mais reservada ou tendo cuidado com o uso das palavras, falava de forma diferente, meio contida, parecia envergonhada talvez, observadora e prestava atenção a cada palavra proferida pelos outros, deixando subentendido suas reações, e isso até funcionava, porque eu realmente captava suas reações.

Mesmo depois do nosso rápido momento a sós em sua chegada, mesmo depois da nossa troca de palavras, de assumirmos nosso fardo de saudade, percebi que ela conversava com todos mas evitava o meu olhar, ela havia se fechado de certa forma pra mim, não estava a vontade com a minha presença, e eu não sabia ainda o que sentir com a presença dela, afinal o coração nunca esquece o lugar onde deixou suas melhores batidas, mas estar nesse lugar depois de tanto tempo era estranho.

E eu entendi isso a partir do momento que percebi que tinha que conviver com as memórias dela. Nosso afastamento foi como uma bala que não me matou mas deixou uma ferida que depois fechou, mas a cicatriz nunca foi apagada. Eu envelheci, superei e continuei minha vida ... Mas nunca esqueci, agora vejo que ambos não esquecemos, porque quando se esquece vem a indiferença, a pessoa não te causa nada, muito distinto do que estava acontecendo ali.

Apenas depois de alguns minutos ela conseguiu ir relaxando, baixando a guarda, conseguimos trocar olhares e sorrisos despretenciosos.

ANAHI PORTILLA - 22 DE DEZEMBRO DE 2019

É incrível a energia que temos juntos, em segundos parecíamos aqueles jovens de 20 anos, rindo horrores e se divertindo juntos. Em segundos havíamos voltado a toda aquela conexão e intimidade, não parecia que os anos haviam passado.

Com Alfonso, talvez por essa conexão ter sido e ainda ser além, demorei um pouco para me deixar levar pelo momento, ainda passei uns bons minutos o evitando, mas finalmente consegui relaxar, deveria aproveitar aquela oportunidade.

Já se passavam das dez horas quando Diana retorna ao ambiente com uma surpresa maravilhosa

Diana - ¡Hola, mira quien despertó papá, y quiso saludar tus amigos! - disse trazendo Dani pela mão

Não podia acreditar no que via em minha frente, Dani era a cópia de Alfonso, cabelo negros e olhos verdes, o mesmo rosto. Ele estava com uma carinha de sono linda, vestido com um pijama de dinossauro agarrado na pelúcia que eu havia lhe presenteado. Diana se abaixou ficando na sua altura, lhe deu um beijo na testa.

Diana - ¡Diles hola mi amor! - falou carinhosa

Dani olhou Alfonso e disparou em sua direção, que o recebeu prontamente o colocando no colo. Dani afundou seu rosto na curva do pescoço de Alfonso, estava envergonhado e era normal afinal ele nunca havia nos visto, éramos cinco estranhos em sua casa.

Poncho - ¡Campeón, esta todo bien, ellos son mis amigos.

Diana - Sí mi amor, no me pediste para venir a verlos? - falou se aproximando de Alfonso, fazendo um carinho nos cabelos de Dani - ¡Diles hola!

Dani tirou o rosto e olhou para Diana como se pedindo confiança, depois olhou para Alfonso que assentiu discretamente o encorajando.

Alfonso - Mira esta es Mai, Cris, Ucker, Ani e Dul - falou apontando para cada um de nós enquanto falava nossos nomes.

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora