Essa obra contém HARÉM REVERSO, incluindo gatilhos.
Aurora Delaney sempre foi uma garota invisível para a sociedade. Vinda de mais uma das milhares famílias ricas de Houston, suas notas se mantiveram impecáveis durante os últimos dezoito anos.
Ent...
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"Pedale no chão, como se você estivesse fugindo da polícia agora Oh, mas que fuga Você escolheu uma dança com o diabo e teve sorte A água está ficando mais fria, deixe-me entrar no seu oceano, nade." — Swim
— Você fez compras? — A voz de minha mãe ressoou pelo quarto quando abri a porta. Pulei de susto, recuando para trás, minha mão automaticamente onde meu coração batia acelerado.
Depois de comprar o vestido, deixei Liya em sua casa e fui sozinha para o hotel. Como chegamos quase anoitecendo eu acabei dormindo, e assim que acordei desci para comer algo lá embaixo.
Não havia comentado sobre o baile com minha mãe. Por inúmeros motivos. O primeiro deles era: ela nunca me deixaria sair para um evento desse. E segundo: com certeza deixaria ainda menos se soubesse meus motivos para aceitar comparecer nele.
— Liya me deu de presente ontem. — Respondo, por fim. Pigarreio. — Aliás, eu vou precisar dormir na casa dela hoje a noite, nós vamos adiantar um trabalho da faculdade. Tem algum problema para você? — Minto.
Era muito difícil eu mentir para alguém, ainda mais para minha mãe. Eu nunca precisei esconder nada dela, por mais que fosse meu pai quem geralmente resolvia os assuntos.
Mas eu conhecia Julie como ninguém. Ela nunca me deixaria sair para uma festa onde tudo que você não pode fazer em um dia qualquer o baile permite. Menos ainda se tivesse noção da probabilidade do assassino estar presente.
Então, por esse motivo, resolvi mentir. Era uma série de imprudências seguidas que eu estava cometendo. Era loucura. Insano. Mas eu precisava saber quem havia matado meu pai.
Se eu fosse cautelosa e tomasse muito cuidado, provavelmente nada muito grave poderia acontecer. Além disso, não conhecia muitas pessoas da cidade.
E todos vão estar mascarados. Ainda que seja em parte, ninguém vai me notar o suficiente para criar suspeita.
— Tudo bem. — Julie disse, suspirando meio que aliviada. Acho que ela estava pensando em algo bem pior. — Você pode ir. Só me avise quando chegar lá. — Então passou a mão por seu cabelo, se levantando da beirada de minha cama. — Eu já consegui resolver a papelada da casa. Podemos nos mudar amanhã mesmo.
— Isso é… bom. — respondi, ainda não muito pronta para enfrentar as mudanças que essa situação exigia de mim.
— Eu sei. — Suspirou. Então me olhou por um breve segundo, como se fosse acrescentar dizendo mais alguma coisa. Mas então ela desiste, soltando o ar. — Eu já vou indo. Bons estudos com Liya. — Abre um pequeno sorriso e sai do quarto, fechando a porta atrás de si.
