Capítulo 32| Âncora (+18)

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Os primeiros sinais da manhã seguinte se insinuaram através das frestas da janela, projetando sombras inquietantes em um quarto desconhecido

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Os primeiros sinais da manhã seguinte se insinuaram através das frestas da janela, projetando sombras inquietantes em um quarto desconhecido. A penumbra desvanecia lentamente, revelando um ambiente marcado pelo silêncio pesado e pela sensação de que algo estava prestes a acontecer.

Abri meus olhos, mas automaticamente os fechei novamente. As luzes estavam apagadas, porém senti-me entorpecida durante alguns instantes após receber a luz solar no meu rosto - vinda através da grande janela de vidro.

Dizer que meu corpo estava doendo era o mesmo que uma metáfora. A sensação, na realidade, era tão mortificante que parecia que meus membros encontravam-se dormentes.

Mal conseguia sentir minhas próprias pernas, quem dirá meu pescoço. As lembranças da noite passada estavam todas misturadas com a dor e o prazer. Um verdadeiro labirinto rodeado de névoa e emoções novas.

Eu sabia que tinha de levantar e reconstruir o restante da minha dignidade. Contudo, aquela cama estava tão macia que me vi perdendo a vontade de fazer qualquer outra coisa que não fosse mergulhar em sono profundo.

No entanto, apesar de isso servir como uma válvula de escape, não foi o bastante para reprimir o murmúrio agonizante que escapou por meus lábios assim que testei um simples movimento.

- Que ótimo - Bocejei, entre os dentes.

Apesar de não fazer ideia de onde estava, concluí automaticamente que era o quarto de um dos Scorpius.

Depois de segundos transcorridos em silêncio, meus ouvidos captaram um ruído diferente do canto distante dos pássaros. Pelo visto alguém estava conversando no andar debaixo.

Respirei lentamente, me virando para o outro lado da cama. Finalmente comecei a despertar, pronta para voltar ao mundo real e sólido.

O sono, antes nebuloso na minha mente, dissipou-se com rapidez assim que senti braços quentes agarrarem minha cintura.

- Aonde você está indo? - Os olhos verdes sonolentos de Damian encontraram os meus. Seus cabelos loiros bagunçados faziam um contraste com minhas madeixas escuras.

Mesmo com sono, ele parecia extremamente atraente. Sua aparência me desconcentrou por uns instantes, e me perdi observando o piercing em seu lábio.

Seus dedos roçaram minhas costas, e só nesse momento me dei conta de que estava nua. Olhei para ele, percebendo seus músculos tonificados e também descobertos.

- Hum... - Eu pigarreio, desviando nossos olhares. - Talvez eu deva ir embora agora.

- Não. - Damian contrariou, mantendo-me presa a ele com seus braços. - De jeito nenhum.

- Que horas são? - Me virei, mas ainda encurralada por seu bíceps fechando minha cintura. Ergui a cabeça, levantando um pouco meu tronco para alcançar o celular em cima da cabeceira.

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