Não era culpa dos "caras". Ok, alguns era sim, mas estava nela esse bloqueio que ela mesma criou, sem se lembrar onde e porque tudo começou...
Ela gostava demais de beijar na boca, sempre transformou um simples beijo em quase um ato sexual, e tudo isso em público e sem pudor.O beijo era a sua zona de conforto, ali ela conseguia saciar muitos de seus prazeres. Fazia malabares com a sua língua pela boca de quem a beijava, mantinha seu corpo sempre junto, e quando digo junto era quase que um só mesmo, esfregava seu corpo no deles até sentir que realmente ele estava "duro" por ela.
Ela sentia prazer em saber que estava ali no domínio da situação. Enquanto isso suas mãos passeavam pela nuca e pelas costas.
Lá estava ela toda arrepiada de tesão, o corpo todo mole como se realmente tivesse terminado um completo ato sexual.
Em 1996 quando ela teve a sua "primeira vez" com aquele namorado, nada era tão falado sobre sexo, nada era tão explícito e não tinha internet como hoje onde podemos pesquisar, qualquer coisa. Então o pouco que ela teve acesso e conheceu foi o básico mesmo, que via nas novelas ou lia nas revistas adolescentes da época.
E pasme mas ambos nunca se "viram" nus porque todas as poucas vezes que eles transatam foi embaixo de um edredom, então estavam sempre semi-nus porque alguém podia chegar a qualquer momento.
Parte do tabu e paranóias que ela tem, quanto ao sexo, podem ter vindo daí.
Ela adorava o sexo mas tinha vergonha de mostrar o seu corpo, achava que só conseguiria sentir prazer e se sentir a vontade com todas as luzes apagadas e se estivesse embaixo de um edredom.
Poucos foram os caras que ela se sentiu um pouco mais a vontade.
Procurava sempre se envolver com caras de outras cidades ou estão com alguns que conhecia em suas viagens, mas não queria vínculos, não queria se apaixonar, não queria ser julgada, só queria tentar sentir aquele prazer em ser ela mesma novamente.
Como sempre, ela arquitetava tudo em sua cabeça, mas chagava na hora "H" ela travava, não conseguia se soltar, não ficava a vontade...
Já teve sexo na pia do banheiro, já teve sexo num quarto onde tinham mais 6 pessoas (dormindo) e ela estava lá bem acordada embaixo do edredom, sem nem sequer fazer um barulho, já teve sexo oral no meio da rua olhando as estrelas numa cidadezinha lá em Tocantins, já teve sexo numa rua escura de uma vila lá no Espírito Santo, encostada na lateral do carro, calça arriada e vestido pra cima, e nessa mesma vila também teve um oral que ela fez que até hoje ela se pergunta como que fez isso porque naquela época ela usava aparelho fixo nos dentes.
E nessa mesma vila também teve outra situação, mas essa ela não gosta muito de lembrar...
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Dores que transformam - um diário de autodescoberta
RomanceEste livro é o meu mais recente desafio literário, um diário sincero baseado em eventos reais, onde compartilho segredos profundos e enfrento traumas, utilizando a escrita como minha terapia. Convido os leitores a se unirem a mim nesta jornada de cu...