Capítulo 8

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Tempos depois ela foi para New York, era início de Dezembro (2021), a cidade já estava toda enfeitada. Ela ficou encantada com tudo o que viu por lá. Um dos locais que ela colocou como prioridade para conhecer era um bar português que além do pastel de Belém também tinha música ao vivo, o forró, que ela tanto ama.

Ela ficou na cidade por 5 dias, mas eles foram escolhidos a dedo porque no domingo já era compromisso certo a ida ao bar português.

Parece que ela estava adivinhando que tinha que ir para lá. Várias coisas deram errado nesse dia, contratempos e horários, mas mesmo chegando uns minutos depois do horário que pretendia, lá estava ela.

Como sempre uma das primeiras a chegar. Logo já fez amizade e foi dançar com um moreno bonito que estava ao seu lado.

Sim, tava rolando um interesse mútuo ali, até que ele comenta que tinha uma amigo que estava para chegar.

Adivinha o que rolou? O amigo chegou, ela nem imaginava quem era, mas num determinado momento ela avista um loiro, quase 2 metros de altura, olhos claros... Suspiro só de pensar...

Trocaram olhares, mas olhares mesmo, daqueles que mergulha dentro dos olhos... E não demorou muito ele a chamou para dançar.

Ele é americano, fez o convite em inglês. Conversaram um pouco e quando terminou a dança o moreno veio até ela para apresentar o seu amigo. Nesse momento ela descobre que o loiro também falava português.

Dançaram várias vezes naquela noite, e enquanto não estavam dançando a troca de olhares prevalecia. Era nítida a vontade de ambos.

Acabou o forró mas ela não estava com a mínima vontade de ir embora, o seu loiro de olhos claros ainda estava por lá também.

Já sem nenhuma música tocando mais , ele a tira para dançar, pediu para ela endinar a ele alguns passo. Enquanto dançavam ela sentiu a mão dele envolvendo a sua cintura, ele "puxou" para mais perto o corpo dela, obviamente que ele se abaixou um pouco, ela podia sentir em seu ouvido a respiração dele mais acelerada. Ele foi chegando com o rosto cada vez mais perto, quando de repente ele diz para ela, bem ao "pé do ouvido": - Can I kiss you? (Posso te beijar?)

Ela ficou sem reação porque não estava esperando essa pergunta nesse momento, na verdade ela já estava esperando pelo beijo, afinal o clima já estava todo perfeito.

Mas precisamos lembrar que ele é americano e o costume deles nem é beijar em público, muito menos no primeiro encontro, isso é raríssimo.

Ela só conseguiu responder: - Oi?!?

E logo depois lá estavam eles se beijando... E que beijo!!!

Aos poucos as pessoas que ainda estavam por lá, inclusive o amigo moreno, ficaram sem entender nada. Como assim um americano beijando desse jeito e em público?

Ele gentilmente acompanhou-a até a entrada do metrô, ele ia por outra linda. Ficaram alí naquela rua um pouco escura trocando mais alguns beijos, um pouco mais quentes...

Ela foi embora.. Ele só dormiu depois que ela mandou mensagem que havia chegado em casa. Coitadinha ela estava doida para ir al banheiro e ainda pegou a linha errada do metrô, foi parar no ponto final do lado oposto e teve que voltar todo o percurso porque também não tinha percebido que tinha ido até o último ponto.

Dormiu muito bem aquela noite. Queria curtir seu último dia em NY porque naquele dia ainda ela iria para Philadelphia para ficar dois dias na casa de uma amiga. Ela ainda não tinha comprado as passagens do ônibus.

Dores que transformam - um diário de autodescobertaOnde histórias criam vida. Descubra agora