Encontrou na solitude a melhor forma de viver e se conhecer.
Viajava sozinha, ia para onde queria sem depender de companhia. Era feliz consigo mesma.
Conheceu vários caras após o término do seu relacionamento. Até um ex da sua adolescência reapareceu mas nessa fase ai ela foi tomando consciência de que algo ainda não estava bem com ela.
O medo e a insegurança na hora do sexo só aumentava e por mais que ela lutasse parecia que era tudo em vão.
Por um bom espaço de tempo, acredito que mais de 10 anos ela optou por se guardar, por não acreditar e querer mais o amor, entendeu como verdade absoluta que não precisava de sexo, afinal isso sempre lhe fazia mal por conta de seus bloqueios.
Ela foi capaz de ficar anos e anos sem ao menos beijar na boca.
Falta de opção? Jamais. Ela sempre tinha alguém interessado por ela, mas ela sabia que se ela cedesse ia começar tudo de novo e só em pensar na cena: os dois na cama, o cara pedindo por um sexo oral e ela não sendo capaz de fazer, ela na mesma hora dava dois mil passos pra trás e preferia viver no seu mundo imaginário na companhia de seus próprios dedos passeando por seu corpo e lhe dando o prazer momentâneo que ela precisava.
Aos 40 anos ela decide mudar de país. Nada pessoal e com relação ao que estamos tratando aqui mas em abril de 2020 ela embarcou rumo aos Estados Unidos.
Essa viagem tem lhe proporcionado um enorme auto-conhecimento. O fato de estar longe do seu porto seguro (família) a deixou mais dona de si e de suas vontades.
É como se não devesse nada a ninguém, principalmente explicações.
Foi para ficar apenas 6 meses e logo que chegou algo a fez ficar por lá.
Sempre atenta aos sinais que o Universo lhe dá, não sabia porque mas ouviu e obedeceu.
Morando no exterior, assim como o sexo, mais um dos seus grandes desafios é falar inglês.
Por esse motivo ela baixou o aplicativo Tinder, não para ter "dates" (encontros), mas queria poder praticar o inglês.
Pobre iludida. Logo que os caras vinham falar com ela e perguntavam o que ela queria ali e ela simplesmente respondia que queria fazer amigos e praticar inglês, praticamente todos sumiam.
Alguns ela conversou por um bom tempo, mas ao invés de praticar o inglês ela sempre usava o google tradutor.
Não, ela nunca sequeer encontrou com algum deles. Ela era insegura demais, e nesse caso, com o seu inglês.
Os gringos adoram levar para comer, passear... Eles respeitam muito as mulheres (a maioria deles). Beijos e sexo demoram um pouco para acontecer.
Você deve estar querendo saber se nesses 3 anos morando nos EUA ela não conheceu ninguém...
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Dores que transformam - um diário de autodescoberta
RomansaEste livro é o meu mais recente desafio literário, um diário sincero baseado em eventos reais, onde compartilho segredos profundos e enfrento traumas, utilizando a escrita como minha terapia. Convido os leitores a se unirem a mim nesta jornada de cu...