Dores que transformam - um diário de autodescoberta

Capítulo 28

Hoje ela estava instrospectiva, não quer dizer que ela não estav bem, mas era um dia a tarde, que ele não estav em casa, porque saiu com o filho para passear, e ela ficou em casa "pensando" e relembrando os momentos com ele.

São tantos momentos vividos, em tão pouco tempo. Tudo sempre é tão intenso quando eles estão perto um do outro.

O que faz essa conexão tão grande entre esses dois?

Ela gostava de tocar também, ela nunca entendeu direito se era uma guitarra ou um baixo, pra ela o mais importante era o som que saia dali quando ele tocava.. Ela gostava demais de ouvir ele tocar. Tinha dias que ela não ficava perto, pq não sabia se ele gostava ou não de companhia nesse momento, afinal a gente sabe que algumas coisas a gente gosta e prefere fazer sozinho, tipo ler, ouvir musica, tocar algum instrumento. Então ela só ficava por perto quando ele convidava ou falava pra ela q não tinha problema ela ficar por ali.

Ela sempre preferiu não invadir o "espaço dele".

Lembrou também de um dia que ela tava cozinhando, fazendo escondidinho de frango e ele pediu para ela ensinar como que ele fazia a batata amassada ficar tão macia.

E o dia que ela fez uma torta de frango, que ele comeu rezando, como diz o ditado, e ainda disse pra ela que foi a melhor torta de frango que ele já comeu na vida.

Logo ela lembrou de algo mais picante... Um dia ele sentou nu lá no último degrau da escada e ela literalmente caiu de boca nele.. Essa casa, se cada móvel ou cada canto falasse... São tantas histórias, tantos arrepios...

E aquele dia a noite que eles estavam na tv lá assistindo um documentário, já era tarde, estava praticamente no final, ela vai ao banheiro ali no andar debaixo, quando sai de la, todas as luzes apagadas... O primeiro segundo ela pensa: nossa, ele subiu e apagou todas as luzes. Que horror. Mas no segundo seguinte ela olha pelo vidro da varanda e ve ele lá, ela disfarça que não viu ele ai e diz: - Nossa como tá escuro!
Nessa hora ele diz baixinho pra ela: - Deixa que eu guio você. E quando ela menos esperava lá estava ele atrás dela, abraçado e a levando em direção a escada.

Ela estava com seu roupão rosa, só de calcinha por baixo. Ele era super quentinho e ela adorava usar ele assim, sem nada por baixo.

Subiram até o quarto e mais uma vez tiveram uma noite maravilhosa.

Ela lembrou também que tinha voltado a tomar vinho, coisa que há anos não fazia. Vinho e sexo são uma ótima combinação, óbvio que na medida.

Ele chega, e ela precisa interromper suas lembranças...