Ela ama sentir prazer, e o "gozar" nem sempre é o seu foco, mas muitos caras se cobram e cobram a parceira quanto a isso, e esse cara em especial foi péssimo (pra não falar escroto) com ela naquela dia. Ele simplesmente a cobrou na cara: "Você não vai gozar?", "Você não goza?", e após soltar essa ele saiu da cama e foi embora.
Isso só gerou mais um trauma para aquela garota que já tinha vários em sua coleção.
Sempre que ela se apaixonava e conquistava a pessoa isso gerava uma repulsa dentro dela também, porque o medo em pensar que o próximo passo seria o ato sexual e ela em sua cabeça pensava não ser capaz ou não saber fazia, isso já a deixava "em cólicas".
Sexo oral e ficar "de quatro" pra ela sempre foi algo que gerava autojulgamento e ela não fazia. Não era nojo não, vontade ela sempre teve, e muita, mas sempre se julgava incapaz. E sua mente sempre julgava ser errado.
As poucas vezes que fez, foi rápido demais, ela não se sentia confortável e fazia porque não queria "perder" ou decepcionar o parceiro.
Mas sexo e prazer não pode ser sobre um, sexo é conjunto e ela muitas vezes abriu mão do seu prazer pessoa só para não decepcionar o outro. Pobre garota, não sabia o mal que estava fazendo a si mesma.
Anos sem entender o porque desses bloqueios, nem com a ajuda de terapia ela conseguiu encontrar a raiz de onde tudo isso começou.
Mais de 20 anos depois ela reencontra o seu primeiro amor. Viajam juntos, revivem e relembram momentos que foram muito especiais e importantes para eles.
Enfim conheceram seus corpos despedidos.
Hotel 5 estrelas em Campos do Jordão, SP. Esse reencontro merecia ser em grande estilo.
E logo no primeiro dia, ou melhor, primeira noite, óbvio que ele nunca forçou nada, mas deu a entender que ele gostaria que ela fizesse sexo oral nele, e ali naquele momento, mais uma vez, ela travou.
Ele perguntou pra ela: "Onde está aquela menina que conheci?"
E ela respondeu: "Venho em busca dessa resposta há anos. Ela se perdeu de mim e até hoje não consegui reencontrá-la."Ela abriu o seu coração e contou sobre seus traumas e bloqueios e disse a ele que para ela isso é muito difícil, que sente que não sabe ou que não é capaz.
Sabe o que é pior? Na imaginação dela, naquele mundinho dela, ela faz isso e muito mais. E pasmem, ela faz muito bem e sente prazer em fazer (mas lá no mundinho imaginário dela).
Ele, como sempre, a respeitou, não tocou mais no assunto, mas esse reencontro serviu para ela entender que não era o término do namoro com ele a causa desses traumas e bloqueios, porque se fosse tudo teria se resolvido ali naquele final de semana.
E isso só auemntou a sua curiosidade em saber e entender o porque disso tudo.
São mais de 20 anos com esses bloqueios sexuais e ela sente falta de sentir e dar prazer...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dores que transformam - um diário de autodescoberta
RomanceEste livro é o meu mais recente desafio literário, um diário sincero baseado em eventos reais, onde compartilho segredos profundos e enfrento traumas, utilizando a escrita como minha terapia. Convido os leitores a se unirem a mim nesta jornada de cu...