Capther 3.

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Salazar Sonserina.

Harry olhou para o homem e ouviu um ruído branco. Salazar Sonserina. Qual Salazar Sonserina? O Salazar Sonserino. Não. Não, não poderia ser. Salazar Sonserina estava morto. Séculos mortos. Uma nota de rodapé para os livros de História, uma memória de tempos sombrios. Não poderia ser.

O ar na tenda estava sufocante. Ele se abateu sobre Harry, aproximando-se de todos os lados. Ele não poderia. Não conseguia respirar. Sua pele estava muito tensa. Ele. Ele precisou. Ele tinha que sair.

Ele se afastou da cama. Suas pernas ficaram presas nos lençóis úmidos de suor. Ele os chutou para o lado. Lutou para ficar de pé. Seus joelhos cederam. Ele caiu. Levantei-me novamente. Ele estava nu, exceto por uma calcinha. Ele estremeceu, mas não sentiu frio.

Um passo. Dois. Ele afastou a mão – de quem? – que estendeu a mão para estabilizá-lo. Ele puxou a aba da tenda. Tropecei lá fora.

O amanhecer brilhou no horizonte, uma luz branca e dourada brilhando sobre a grama espessa e exuberante. Sob seus tons suaves de pêssego, o céu era de um azul profundo e intenso, um magnífico prelúdio para um dia escaldante de verão.

Verão.

Algo estava errado.

O orvalho da manhã brilhava sobre o campo, grudado nas folhas da grama em pequenos prismas translúcidos. Solo preto e úmido grudava nos pés descalços de Harry. Houve. Não há orvalho no inverno. Sem solo macio. Apenas gelo, lama, solo congelado. Era inverno, Harry lembrou. Não era mais.

Algo estava. Algo estava errado .

Salazar Sonserina.

Stonehenge estava sozinho à distância. Suas longas sombras brincavam com o sol nascente. Nenhuma barreira turística cercou o local. As placas haviam sumido e a estrada escura de asfalto. Havia barreiras, placas e carros barulhentos. Não havia mais.

Meu nome é Salazar Sonserina.

Harry desejou que o gelo em suas veias voltasse a ser sangue. O gemido agudo em seus ouvidos silenciou o mundo. Ele era surdo. Ele se afogou.

Hogwarts foi fundada há mil anos pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época. Godrico Grifinória. Helga Lufa-Lufa. Rowena Corvinal.

"Salazar Sonserina", disse Harry.

Sua língua estava pesada em sua boca. Ele não conseguia sentir seus lábios.

Stonehenge estava nadando.

Há mil anos. Dez séculos. Era. Muito tempo. Salazar Slytherin viveu há dez séculos. Harry voltou no tempo, uma vez, três horas para salvar Sirius. Hermione estava lá. Ela não estava aqui agora, e Harry –

Harry não conseguia se concentrar. Seu peito doía e seu estômago, uma dor latejante e aguda. Ele não conseguia pensar , não conseguia – nem conseguia, ele estava –

Inclinado para frente, suas pernas estão moles, sem forças. Harry viu-se cair e não conseguiu se importar. O sangue trovejou em seus ouvidos. Seu peito subia e descia, subia e descia. Ele não conseguia encontrar o fôlego.

Braços o agarraram pela cintura antes que ele pudesse atingir o chão e o puxaram contra outro corpo. Duas mãos pressionadas com força contra seu peito, palmas espalmadas, dedos encaixados entre as reentrâncias de suas costelas.

Pelo meu juramento, você está seguro comigo.

“Calma, rapaz. Fácil. Respire fundo e acalme sua mente. Esteja aqui comigo. Esse sentimento é apenas um truque dos sentidos. Vai passar. Respirar."

A Muito tempo atrás...Onde histórias criam vida. Descubra agora