Capítulo 6 - Too Sweet

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Mingi Pov

Um mês depois...

Estávamos em pleno inverno. O dia amanheceu gelado e flocos de neve caiam sobre o chão. Meus olhos se direcionam ao portão trancado alguns metros de mim. Já faz um mês que eu estou aqui, ou melhor que nós estamos! Demorou um tempo para que eu conseguisse me acostumar com o ritmo desse lugar, as pessoas eram completamente loucas e seguiam uma teoria fantasiosa de que estavam protegidos do mundo a fora se seguissem a risca os mandamentos do Moisés Russo.

Depois da conversa deturpada sobre Yunho ajudar em algo, não mantive mais contato com ele desde aquele dia. O Russo esquizofrênico nos dividiu em alojamentos, o que consequentemente fazia com que eu acabasse trombando com Yeosang e Jongho. Na maioria das vezes, eles me evitavam! Eu deveria estar ofendido de ser trancafiado e envolvido na bagunça deles, mas aparentemente eu era o digno de olhares tortos.
Sobre Yunho, não havia sinal sobre seu paradeiro! Nos primeiros dias fiquei feliz por não ter que encará-lo, admito que me precipitei por bater nele, mas o fodido queria bancar uma de herói e se matar na minha frente! O que diabos ele queria que eu pensasse?! Naquele momento meu único pensamento era que o imbecil não podia morrer! Pelo menos não na porra da minha frente. Eu não tinha paciência para os delírios dele, e muito menos estava lá para agir como babá de um homem crescido. Ou pelo menos era isso que eu realmente queria ter pensado naquela hora! Quando puxei o gatilho, a única coisa que me alojava a cabeça era uma terrível vontade de vê-lo amanhã! De querer mandá-lo calar a boca e me deixar dormir, observar sua expressão idiota enquanto se impressiona sobre termos nascido no mesmo ano ou observá-lo cuidar tão amavelmente do meu machucado. Yunho era fudidamente irritante! Ele alugava um triplex na minha cabeça e tornava minha intenção de sobreviver pacificamente um verdadeiro inferno, mas ele era o único que eu estaria disposto a aturar. Ele era tonto e influenciável, mas era inteligente e ainda por cima, um médico! Não é todos os dias que se encontra um bom parceiro de viagem! Sim é isso! Ele é uma boa companhia, é por esse motivo que o quero vivo.

No dia que chegamos aqui, um rosto conhecido se fez presente na pequena reunião que ocorreu. Pensei que o maldito já estaria a sete palmos do chão mas inesperadamente ele estava vivo e perambulando por aí. Tentei encontrá-lo no tempo em que estive aqui, mas da mesma forma que eu não via a alma de Yunho a sombra do maldito também estava longe de ser vista.

Depois de acordar, assim como um mês atrás a rotina era a mesma. Um sinal foi tocado no início da manhã como um campo militar. Som esse que eu conhecia muito bem!
As pessoas saiam em pares de seus alojamentos. Estranhamente o número era sempre exato. Dois homens e duas mulheres, ou um homem e uma mulher, até a criança dos dois vigaristas havia arrumado seu par. Mas meu alojamento era sozinho, havia mais uma cama alí. Mas, ninguém para ocupá-la.
Assim como a caminho de um albergue, eu esperava que a fila acabasse para buscar o alimento da semana. Não me importava de esperar, já era humilhação demais depender dessas pessoas, quem dirá brigar por um lugar na fila. Mesmo que sobrasse só o mínimo no final, eu me contentaria com isso. Essas situações me fizeram lembrar de Yunho, será que ele estaria se alimentando direito? Ou dormindo direito? Sobre essa parte eu não tinha muitas dúvidas, ele provavelmente pegaria no sono só de deitar a cabeça em qualquer lugar, mesmo que fosse uma pedra.
Me levantei quando a fila acabou. Os militares fantasiados, como sempre, pareciam me aguardar com um sorriso no rosto.

- Olhe! Veja se não é nosso amigo porquinho! - E as risadas se acumulavam.

- Veio recolher a ração da semana?!

O homem que falava em questão era baixo, não possuindo mais que 1,75 de altura, sua estrutura física também não era surpreendente tanto quanto seu ego inflado. Em outra ocasião eu facilmente o espancaria até que aprendesse sua lição. Mas tinha medo que qualquer ação minha pudesse influenciar um certo alguém. Eu sempre estive ciente de minhas ações e sempre honrei minhas decisões e muito menos deixaria que minhas cagadas sobrassem para os outros.
Eles falavam bastante, mas no fim não tinham coragem de reagir. Acredito que tinham mais medo do russo do que de si mesmos, enquanto ninguém ralasse um dedo em mim, eu estaria disposto a suportar temporariamente algumas humilhações.

ZONA 313 - YUNGIOnde histórias criam vida. Descubra agora