festa da comunidade

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Marianna narrando:

Hoje é sexta, o dia que começa a minha folga até domingo. Aí que felicidade! Aproveitei que cheguei da escola e fui
ajudar minha mãe no almoço.

— almoço tá super atrasado, levei tua avó pra consulta. — minha mãe fala desligando o fogo que estava na panela com feijão.

— relaxa mãe, já a gente termina. — falei enquanto fazia a carne.

Passamos mais alguns minutos e a comida ficou pronta, chamei a minha avó pra mesa e começamos a comer.

— hoje que tem a festa da comunidade, né? — minha mãe pergunta.
— acho que sim, mãe. — respondi.

— pelo amor de Deus, não vão não! Só dá traficante lá. — minha avó fala, ela odeia gente envolvida.

— mãe, eu vou trabalhar. — minha mãe responde minha avó.

— ainda bem, né. Porque ir pra esses lugares organizado por bandido e perigoso. — minha avó fala.

Fico apenas observando, queria tanto ir. Começa umas 16 horas. Vitória me chamou mas certeza que não vão deixar eu ir.

— e tu Marianna vai ir? — minha mãe pergunta e minha avó vira seu rosto para mim.

— vitória me chamou, mas acho que não vou não. A senhora não vai deixar né? — falei logo em seguida tomando o suco de maracujá.

— não me importo não, contanto, que não beba, não fume e nem se envolva com gente errada. — minha mãe fala e minha avó logo a repreende.

— fica dando liberdade pra ir ver coisa de traficante. — minha avó fala.

— mãe, tem tanta criança lá, adultos de bem. E uma festa que acontece a anos a senhora mesmo me levava. — minha mãe responde e minha avó levanta da mesa indo pra sala. — liga não, pode ir.

— te amoo mãe! — falei toda contente. Sempre quis ir mas só fui quando era pequena pra pular no pula pula. Depois nunca mais fui.

Vitória disse que tem a área das crianças e dos adultos. Deve ser muito legal. Ajudei minha mãe a lavar a louça, depois fui para meu quarto avisar a vitória que eu iria e fui fazer trabalho da escola.

Vitória disse que ia com um amigo dela, mas se eu quisesse ela me buscava. Perguntei quem era o macho e ela disse que depois me avisava, então, disse pra ela que poderia ir na frente que ia chamar minha ‘amiga’, se ela viesse me buscar com homem aqui minha avó e mãe me matavam.

Chamei plabo, uma amiga da escola. Ele é gay, amo ela! Ela disse que passava aqui pra me buscar e nos descia juntas pra festa. Espero que vitória não esteja se envolvendo com gente que não presta. Deu umas três horas da tarde já fui começar a me arrumar, banho; maquiagem; cabelo; perfume e tals.

ALÉM DO TEMPO||Tudo aconteceu na favela.Onde histórias criam vida. Descubra agora