Catarina

1.2K 49 2
                                    

Eu, gl, Diego e Sophia estamos em uma chácara curtindo a reta final da minha gravidez. Gl está cuidando da Sophia e do Diego desde que se separou da Giovanna. Me arrependo de ter me envolvido com ele casado, saí da vida dele, porém nós reencontramos de novo.

Eu estava observando as crianças brincando na piscina enquanto o gl estava fazendo o churrasco.

— tá pensando em que? — se sentou atrás de mim me fazendo ficar no meio de suas pernas.

— Em nós. Se conhecemos no bar da dona Dolores eu trabalhando como garçonete e tu foi beber. Me arrependo de ter se envolvido contigo — admiti e ele me olhou torto.

— Ih fia, o que quê eu fiz? Já sei. Vai querer brigar hoje né? — perguntou balançando a cabeça negativamente.

— Não maluco. Tô falando que tu era casado na época. — falei.

— Eu estava morando junto com a Giovanna, porque ela não queria sair por conta dos pivetes. Sempre te passei a real. — falou. — Há outra maluca da Mirella sempre quis liberar e eu nunca quis. Tá vendo? Só dei uma moralzinha pra tu.

— Em compensação, sofri o pão que o diabo amassou. Tu era ciumento pra porra, ainda é porém mudou mais. Tua mulher vivia atrás de mim. — relembrei e ele balançou a cabeça.

— Tô ligado eu errei pra porra. — Falou.

— Errou muito! — joguei na cara dele. Se lembra desse dia...

Flashback on: (continuidade da fala da Catarina o flashback)

Tinha acabado de chegar do trabalho, estava indo tomar banho quando a porta do meu barraco foi aberto por um chute. Tomei um susto e logo vi que era o gl.

— O sua cachorra, tu tá maluca? Quem era aquele filho da puta que tava falando contigo no balcão. — falou se aproximando.

— Tá maluco o gl? Uma hora dessas e tu fazendo maior escândalo. — falei ainda assustada.

— O sua cachorra responde. — falou novamente me prendendo na parede.

— Olha aqui, cachorra é a tua mulher. Segundo, ele estava pedindo a senha do wi-fi seu imbecil! Outra, eu já não te disse pra me deixar em paz? Depois a tua mulherzinha vem arrumar briga comigo e tu não quer que ninguém encoste na princesinha de porcelana. — ele me olhou e começou a rir igual um palhaço.

— Caralho eu me amarro quando tu me peita assim, tem nem tamanho de gente, mas não perde a postura. Tu é mó gostosona. — ele falou rindo beijando o meu pescoço.

— Sai depois vai sobrar b.o pra mim. — falei.

— Caralho Catarina, eu já não te mandei a real que a porra da Giovanna já tá com a mãe dela. Tô aqui no certo e tu vem arrumar b.o — falou se aproximando do meu pescoço.

— Não tô afim hoje. — falei me arrepiando.

— De boa. Eu só quero ficar contigo. — falou me abraçando.

Flashback off:

— Foi nesse teu "não tô afim hoje" — imitou minha voz. — Que a gente fez o Ravi. — falou, rindo, lembrando que a gente fez o Ravi nesse exato dia depois de uma discussão.

— Que engraçado, palhaço. — falei sarcástica.

Ele riu apertando minha coxa.

— Daqui há uns dias nosso pivete nasce aí nós faz outro. — falou e eu estiquei o dedo.

— Querido o Diego e a Sophia vão morar com a gente, agora vai chegar o Ravi. Deus me livre de mais outro! — falei e ele riu mordendo o lóbulo da minha orelha.

— Claro que vai ter mais outro. A gente tem que fechar os 5. — falou e eu discordei, logo as crianças se aproximaram.

— A gente vai na cachoeira hoje? Tia Cat? — Sophia se aproximou beijando minha barriga. — Oi, "Lavi" (pronúncia errada porque ela ainda é pequena).

— Vamos sim. Só esperar seu pai terminar de fazer o churrasco, aí comemos e vamos. — Falei e ela concordou. O Diego correu para onde estava o pai dele.

...

Estávamos comendo enquanto o Diego soltou na mesa que estava namorando a amiguinha da Sophia de 4 anos. (Ele tem 6). Eu me engasguei real!

— Calma o amor, é brincadeira dele. — gl falou me dando água.

— Meu Deus! Na idade desse menino eu ficava beijando os meus bonecos. — falei rindo.

— Eca nojenta, não me beija mais. — gl falou e eu dei os ombros.

— Eu já falei pra Maria Luiza não ficar de conversinha com o "Diegu" (Diego), ela tem que namorar príncipe e não sapos. — falou mordendo a carne.

— Você é uma bruxa! É eu sou igual o papai cheio de gatinhas. — Diego falou e eu lancei um olhar pro gl.

—An? Como é Dieguinho? Conta mais pra titia Cat. — falei.

— Ih, fia. Tô devendo nada não. — falou com as mãos em sinal de rendição. — O pivete, isso aí e bagulho do passado. Tu vai seguir meu legado porque agora teu pai tem dona.

— E titia, agora eu sou o dg. — Falou me abraçando.

— Ah orgulho do pai. — falou o gl rindo.

— Meu Deus gl! — repreendi — O seu nome é Diego nada de dg, Diego é mais bonito.

...

Depois do almoço fomos na cachoeira. As crianças se divertiram bastante juntamente conosco. Foi um momento
único.

— Quero voltar aqui nessa chácara com o Ravi, a Sophia, Diego, você e as meninas para curtimos um dia aqui. — Falei.

— Bora fazer o natal aqui, preta. — gl deu a idéia e eu amei. O Ravi já estaria com uns 2/3 meses.

— Bora. Vai ser lindo! O ano novo a gente passa no morro mesmo ou na praia. — falei e ele concordou beijando meu pescoço.

— Bora voltar pra chácara? Os pivetes tá com sono, nós bota eles pra dormir e aproveita. — sugeriu maliciosamente. 

— Te orienta seu tarado, eu estou quase parindo já. — falei baixo por conta das crianças.

Ele riu e beijou minha testa chamando as crianças para irmos.

...

Bom, posso afirmar que depois de muitos obstáculos eu estou feliz com a minha família.






ALÉM DO TEMPO||Tudo aconteceu na favela.Onde histórias criam vida. Descubra agora