Luxuria em teus olhos
Naaim
— Pela última vez, garoto, me responda! — o rapaz na minha frente, estava sentado em uma cadeira de metal, amarrado pelos pés e pelas mãos, no rosto tinha um corte na boca provocado por um murro que dei, o olho estava inchado e havia escoriações pelo corpo. Eu fazia um belo trabalho.
— Juro que não sei de nada, meu pai nunca me falou dos esquemas dele. — ele falou tentando levantar a cabeça e sacudia um pouco o corpo.
— Não falou? Mais que filho da puta em? — falei dando outro murro em seu rosto, o impacto foi grande que o corpo dele balançou para frente e para trás.
— O que você tem com isso?
Antes que eu pudesse falar, a porta da gaiola foi aberta e eu sorri, o cheiro de perfume barato que incensou o ambiente era de Vinny tinha provavelmente acabado de sair da cama de alguma puta.
— Um passatempo ou um acusado? — falou chegando mais perto, olhei de relance para ele e ele fez cara de nojo ao olhar o garoto.
— Os dois, filho do delegado que foi preso depois daquela investigação em decorrência la do distrito de crimes contra a pessoa da cidade do México. — falei soltando aquele verme e me virando para Vinny.
— Ele tem algo haver? Quero dizer, o delegado e o filho dele.
Antes de responder, eu respirei fundo tirando a imagem de Aida machucada e destruída na clareira naquela noite da cabeça.
— O pai dele recebeu uma visitinha no presídio ao qual confessou que fazia parte do levante do cartel nortista, e veja só, trafico de mulheres e pedofilia eram o negócio desse braço do cartel.
Em San Marino não eramos nenhum santo ou coisa do tipo, eu mesmo era um demônio, mais dentro da nossa organização pedofilia e trafico de mulheres era uma condenação mínima que recebia pena de morte, nós em San Marino traficamos drogas, armas, bebidas, eramos assassinos, fazíamos todo tipo de trabalho sujo só não praticamos tais atos que eu particularmente abominava.
Vinny se distanciou do cara e olhou bem para situação que ele se encontrava.
— E você pretende o quê? Matá-lo, entregar um pedaço dele para família... — falou me olhando e depois riu na cara do verme.
— Pretendo matá-lo e por o que restar dele na frente da entrada do distrito central de Tijuana. — vi quando Vinny me olhou com um olhar atordoado e sem entender por que eu, mesmo sendo o El Diablo faria algo daquela magnitude.
Confesso que nem eu mesmo sabia o porquê de tamanha violência com alguém que realmente poderia não saber dos crimes do pai, mais o fato de ele saber tudo que acontecia com a Aida e não ter feito nada, ao contrário ele ganhou o corpo dela como presente, me fazia ter certeza que quando a alma desse verme chegasse ao inferno eu teria o prazer de descer la em baixo e torturá-lo ainda mais pessoalmente.
— Eu juro, que não sei ou sabia. Sei la, dos esquemas do meu pai. — garoto falou cuspindo sangue em decorrência da série de murros que dei nele.
— Você, filho de quem é já é condenação suficiente para ser morto, ainda mais por ganhar o corpo dela como presente, SEU MERDA!-gritei e desferir mais um murro tão forte que a cadeira tombou para trás e caiu e ouvi o grito de dor dele.
Vinny me olhou confuso e depois me chamou de canto enquanto o segurança que presenciava tudo aquilo fez menção em levantar a cadeira com o garoto e eu permitir.
— Quem é "ELA" Naaim? — vinny falou pondo a mão em meu ombro.
Ele me conhecia bem o bastante para saber que tinha muito mais por tras do que eu estava falando.
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O Chamado da Escuridão
RomanceAida tinha 6 anos quando o primeiro abuso aconteceu. Aos 8 levou uma surra que seu pequeno corpo demorou dias para curar. Aos 10, encurralada no banheiro da escola, soluçava de chorar, mas ninguém ouviu o seu clamor, aos 12 mais uma surra e mais abu...