Capítulo 9

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O diabo para os anjos, um anjo pros demônios

Aida

Ó, gloriosa Mãe de Deus, Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina: Abençoai esta casa e a família que aqui reside.

Protegei nossos filhos, livrando-os das maldades e dos perigos deste mundo. Guardai nosso lar, escondendo-o dos olhos dos maus. Que nesta casa o nome de Deus seja sempre invocado com respeito e amor. Que os seus mandamentos sejam observados com fidelidade. Que vosso bendito nome, ó, mãe querida, seja sempre lembrando com muita devoção. Que a palavra de vosso Filho Jesus seja sempre meditada e seguida todos os dias de nossa vida.

Honra, louvor e glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: Trindade Santíssima.
Amém

Eu rezava todo dia para a minha santa de devoção em frente a espécie de um altar que fiz dentro do meu mais novo guarda-roupa, a imagem que ele havia me dado de presente como forma de eu me sentir em casa realmente tinha esse proposito, ele vivia dizendo ser o próprio demônio na terra, mais se fosse realmente o demônio ele não havia feito por mim o que ele fez me salvando daquelas pessoas e me dando a chance de um novo começo mesmo que embora eu custasse a acreditar que ele fosse levar minha alma para o inferno e eu fosse sofrer todo tipo de tortura, mais para alguém que passou pelo que passei o inferno não seria nada de mais.

Olhei as horas e notei que amanheceu cinza, eu não tinha muita vontade de descer e fazer as refeições com a família do Caleb que agora também eram minha família, de certa forma eu me sentia suja, podre, eu não me sentia eu, eu não sabia mais me reconhecer, porém, desci para comer pós seria meu primeiro dia de aula depois do que tudo aconteceu O Terror de Azcona como ficou conhecido.

— Se sente bem, hoje querida?-a mãe do Caleb me perguntou me dando um abraço e eu apenas acenei dizendo estar bem.

— Se não se sentir preparada para ir à escola, tudo bem.–Caleb falou se sentando a mesa.

Eu realmente não estava bem, eu preferia me isolar no quarto e ficar até a minha morte, mesmo que isso acontecesse eu não estaria totalmente sozinha, ele ainda vinha a noite atrás de mim, atrás da minha alma.

Após comermos, eu e o Caleb formos andando para escola, agora eu teria que andar um pouco mais já que Caleb morava um pouco longe, porem eu teria a companhia do meu melhor amigo para não passar todo o caminho sozinha, outra coisa que mudou foi o caminho da clareira, desde o corrido eu não fui até lá, não sabia como estava, disseram que eu havia sido encontrada lá nua e totalmente machucada, a última coisa que me lembro foi de esta nos braços dele prestes a morrer e num instante depois estava num quarto de hospital.

— AIDA!–Clarissa correu em minha direção ao chegarmos na porta do jardim da escola, desde o ocorrido ela havia ido tantas vezes a casa de Caleb que quase estava se mudando para la.

— Eu to muito feliz em te vê!–falei a abraçando o mais forte que podia.

— Você realmente se sente bem para estar aqui?-ela falou me olhando de cima a baixo e notei que Caleb havia ido falar com os amigos.

— Eu to bem, me sinto ótima, até.–falei dando o meu melhor sorriso.

Sinalizei para entrarmos e assim formos pelo corredor até eu sentir um puxão na minha mochila e eu ir para trás com tudo, quando olhei o que estava acontecendo os meus olhos arregalaram, era o filho do delegado, o jogador do time de futebol que me perturbava há tempos.

— Você acabou com a vida do meu pai, sua vagabunda!

— Você tá louco, porra? Solta ela!-Clarissa, falou e eu estava tão sem reação e assustada que não conseguir me defender.

O Chamado da EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora