Nado em uma piscina de sangue
Naaim
Eu era um Daemon forjado no lugar mais profundo do inferno, Daemons eram demônios feitos a própria mão por Samael o arcanjo caído dos céus e governador de todo esse inferno, meu pai um Daemon de primeira classe havia de governar o nono nível do inferno, ali jazia os traidores, o rio formado pelas lágrimas dos condenados ao inferno, era lá o reino do meu pai e ao qual um dia seria eu o designado a governar.
Havia vindo a terra por curiosidade e tédio, não foi difícil achar o meu local nesse mundo medíocre, eu era subchefe em ascensão do cartel de San Marino no México, havia chegado nesse cargo por mérito meu, o chefe desse cartel de seu casamento não havia tido herdeiros aptos a tomar esse lugar e futuramente chefiar todo esse reino de maldade e luxúria, ao qual seria eu quem assumiria e iniciaria o meu próprio reinado, fui forjado para ser um Daemon de primeira classe, ser a segunda pessoa de Samael, ser o que meu pai não foi, ser melhor do que ele. No mundo humano eu era conhecido por El Diablo, pois o sangue-frio em minhas veias me fazia fazer coisas que nenhum soldado do cartel conseguia fazer, eu gostava de matar, eu gostava de ver o sangue de minhas vítimas manchar a minha pele, o choro desses pobres pecadores eram música para os meus ouvidos e era isso que eu ouvia agora.
Estava sentado à frente de um dono de uma das boates que Marcus o homem que me acolheu como seu filho gerenciava, na verdade, aquela boate estava em meu nome, Marcus havia me dado como um presente quando ascendi como sub dele.
— Vou perguntar uma última vez e espero que você me diga o que quero saber.
— Eu não sei de nada, quando eu soube, quando vi toda a ação, o Hombre havia ido.
Olhei aquele homem de cima a baixo e decidir me levantar, não havia vindo do nono círculo do inferno para ouvir lamentações de um homem hipócrita como esse em minha frente, aliás no mundo que eu tinha em minhas mãos a hipocrisia era quem dava as cartas e eu, ora, eu as instigava cada vez mais.
— Vinny, traz minhas ferramentas por favor. Falei calmamente para o soldado mais promissor no cartel San Marino.
— NÃO! POR FAVOR, NÃO! JURO QUE NÃO SEI DE NADA!-aquele verme falou aos berros, as lágrimas cada vez mais caiam de seus olhos machucados e se misturavam ao sangue vermelho carmesim que saia de suas feridas.
— Latrel...Latrel, o que faço com você Hombre? Me diga, vá! O seu lamento é música para os meus ouvidos.
Falei indo em sua direção e pousando minhas mãos em cada lado de sua cabeça, o forçando a olhar diretamente para mim.
— Latrel, você tem apenas uma chance de me dizer o que quero saber, você vai me falar palavra por palavra como se fosse seu último desejo. — Nesse momento meus olhos brilharam vermelho e vi Latrel abrir a boca lentamente na mesma hora que ouvi Vinny abrir a porta atrás de mim.
— Era um homem branco, não tinha mais que 39 anos e estava acompanhado de mais cinco homens, todos eles haviam vindo do norte do país e buscavam o seu pai, na hora do tiroteio um foi atingindo mais conseguiu fugir, mas ouvir dizer que seu pai está jurado de morte. — Assim que soltei a cabeça daquele merda, o meu sorriso atingia de canto a canto da minha boca.
— Foi você não foi Latrel? Você que armou todo esse circo?. Latrel me olhou atordoado como se não entendesse que havia acabado de assinar sua sentença de morte.
— Devo chamar o senhor?
— Não, Vinny, deixe minhas ferramentas aí e pode sair, estou precisando de um pouco de diversão.
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O Chamado da Escuridão
RomanceAida tinha 6 anos quando o primeiro abuso aconteceu. Aos 8 levou uma surra que seu pequeno corpo demorou dias para curar. Aos 10, encurralada no banheiro da escola, soluçava de chorar, mas ninguém ouviu o seu clamor, aos 12 mais uma surra e mais abu...