Quinto 🥀

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Ben levou a xícara de café até os lábios enquanto se apoiava no balcão da cafeteria

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Ben levou a xícara de café até os lábios enquanto se apoiava no balcão da cafeteria. Lia o jornal um jornal, ao mesmo tempo que o noticiário passava na televisão pendurada na parede não muito longe de si.

Do outro lado do balcão, a garçonete atendia um homem que acabara de entrar e que por algum acaso, sentou ao seu lado. O detetive olhou para ele de relance observando-o com detalhes, encarando com minúcia, cada movimento que ele fazia.

Ben sempre teve um grande talento para ler as pessoas e isso ajudou muito quando ele escolheu seguir a carreira de detetive.

Ele notou que o estranho usava um grande casaco moletom preto, tinha cabelos compridos e mal amarrados em um rabo de cavalo baixo e barba que continha alguns fios brancos por fazer; usava calças surradas e um sapato desgastado que sujava o chão do estabelecimento. Ele emanava um forte cheiro de cigarro, que cobria quase totalmente a fragrância de chuva, do tipo forte como nas tempestades, que dava a certeza de que ele era um alfa. As pontas queimadas de seus dedos denunciavam que ele era um fumante compulsivo. Sua boca ressecada com dentes amarelados que não paravam de ranger por não conseguir parar quieto complementava sua conclusão.

— É um lugar meio estranho, não é ? — o velho disse fungando alto, fazendo Ben franzir as sobrancelhas confuso  — Tudo é tão calmo, ao mesmo tempo tão barulhento, parece que há algo errado não é?

— Algo errado? Como assim? — Ben perguntou semicerrando os olhos e ouviu o homem rir enquanto batucava infantilmente os dedos sobre a madeira do balcão.

— Não está sentindo o cheiro? — perguntou arregalando os olhos — Parece que vem de você, mas… não. Talvez eu esteja enganado.

— Não sinto nada.

— Será mesmo? Como não está sentindo esse cheiro tão forte de sangue?

— Sang... — Ben sequer pôde terminar a frase porque um grito agudo foi escutado vindo dos fundos da cafeteria.

O detetive olhou para o homem ao lado que agora saía pela porta do local, mas ele não teve escolha a não ser correr para o fundo do estabelecimento, que era de onde vinha o grito. Sacou a arma, mas quando chegou ao lado de fora, onde havia um beco, encontrou a garçonete parada perto da lixeira aberta, chorando com os olhos arregalados.

Ao se aproximar dela, notou que em meio aos sacos de lixo, havia dois corpos desfigurados sendo rodeados por alguns poucos insetos que voavam.

— Que porra! - xingou o detetive enquanto suas mãos alcançavam o celular.

Não demorou muito e o local estava interditado e tomado das presenças fortes dos muitos policiais e peritos.  Ben levou a mão até sua mandíbula e coçou, por cima da tatuagem, a barba que começava a crescer. Logo rasparia.

O mesmo observava a perícia fazer seu trabalho ao redor dos corpos dentro da lixeira, o barulho das sirenes da polícia cercando o local chamava a atenção das pessoas, que chegavam perto o máximo que dava a fim de ver o que tinha acontecido.

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