Décimo Nono 🥀

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•Londres   

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Londres   

12 de Maio de 2020

02:40 P.M.

Naruto se encolheu abraçado ao próprio corpo. Os estágios de seu cio avançavam rapidamente. Sentia a sudorese enquanto sua pele parecia queimar, e a região entre suas pernas se alagava. Sentia-se nojento e se odiou por se sentir necessitado. 

Ser ômega em uma sociedade de pessoas que não tinham o menor controle sobre si mesmas era uma verdadeira desgraça. Nesse momento, Naruto podia escutar rosnados e cochichos do lado de fora do banheiro. Os alfas tentavam entrar a todo custo por estarem dominados por seus instinto primitivos e os betas, que não eram afetados pelo cheiro do ômega, tentavam mantê-los longe e isso o deixava com medo. 

Quando se trancou naquela cabine com Kate do lado de fora lhe caçando, ele achou que acabaria cedendo para a garota e imploraria por sua ajuda, mas uma das funcionárias da área da limpeza entrou e tirou ela de lá para que nenhuma atrocidade fosse cometida.

O ômega tentava a todo custo não se tocar. Ambas as palmas estavam contra sua boca apertando suas bochechas, deixando-as extremamente doloridas. Seu corpo inteiro tremia e lágrimas começaram a se acumular no canto de seus olhos. Em meio a tanto desespero e dor, as lembranças de seu primeiro cio veio à mente. Parecia que aquela cena maldita estava se repetindo mais uma vez. Ali, trancado em um banheiro se sentindo patético e chorando com pessoas do outro lado tentando entrar; se era para ajudar ou não, dependia dos instintos.

Apertou uma perna contra a outra. Era torturante, uma dor latente, uma necessidade insana. Naruto desejava ser possuído, tocado e reinvindicado.

"Malditos genes ômega" - o loiro gritou mentalmente.

Do lado de fora do banheiro alguns betas colocaram-se lado a lado como um muro para que os alfas que perderam o controle sobre si mesmos não entrassem. Também tinha os alfas que se trancavam em salas, tentando não perder e se juntar aos descontrolados e haviam outros que só foram embora, para se manter o mais longe possível de toda aquela bagunça. Os ômegas por outro lado cobriram os narizes por sentirem nojo do cheiro extremamente doce.

— Por favor, gente, fiquem longe! — um beta, que com certeza levantava muitos pesos na academia gritou, empurrando os alfas que tentava os agredir para tentar entrar no banheiro. — Oh porra, façam pelo menos um esforço para se controlarem!

— Eu não sou pago o suficiente para isso — o faxineiro reclamou com sua voz ranheta por conta dos longos anos fumando. Ele era um homem velho e cansado que não suportava passar o dia inteiro perto daqueles jovens estúpidos de cérebro pequeno.

— Sr. Joe, é melhor você ir para casa, já está idoso demais. Nós podemos cuidar disso — a cozinheira brandou ao ver que o senhor já estava cansado de lutar contra os alfas descontrolados.

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⏰ Última atualização: Oct 24 ⏰

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