Um assassino em série volta à ativa após anos sem cometer nenhum assassinato, voltando a deixar sua marca registrada e assombrando a conhecida e famosa cidade de Londres. Então, a alfa e detetive, Hinata, e seu parceiro, o alfa e detetive, Ben, come...
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•Londres
07 de Abril de 2020 05:50 P.M.
Não que Naruto nunca tenha pensado nele próprio vivenciando um dos romances de seus livros e séries, só achava improvável que acontecesse. Mas aqui estava ele, um ômega gordo de classe média recebendo uma puta proposta romântica de um possível lunático mafioso. Não que tivesse medo do alfa, mas ainda havia aquele quê de dúvida em seus emaranhados mentais.
Sua rede sentimental, era uma desordem. Nunca havia parado para arrumá-lá, não havia necessidade. Não até agora.
Era hora de organizar tudo que envolvesse sentimentalismo, ou ficaria rogado à ignorância que envolvia o fator social da vida. Queria ser médico, teria de aprender a se atentar ao físico, ações até mesmo ao que sentiam em todos os aspectos. Teria que lidar com pessoas e seus problemas, principalmente os de narizes entupidos.
Mas mesmo com a vontade de querer mudar e querer experimentar aquilo, não se achava digno de saborear o mel doce com um fundo amargor que era o amor. Ele não ousava se aproximar das abelhas, mas também fugia quando se aproximavam. Ele não ousava se aproximar das pessoas, mas também fugia quando elas se aproximavam
Ele poderia comprar o mel? Ele poderia comprar o amor? Sim, poderia. Hoje se pode comprar tudo. Não há o que não possa ser comprado. Mas não seria e não é a mesma coisa de quando você cuida de suas abelhas para depois colher aquilo que você demorou para conquistar junto delas. Não é e nunca será a mesma coisa de quando você se dedica à relacionamentos com pessoas e vê aos poucos, junto dessas mesmas pessoas, coisas sendo conquistadas conforme há esforços para manter laços.
É claro, sempre haverá o amargor no final, mas esse amargo no mar de doce é o equilíbrio; é o necessário.
Mas sentia medo, ansiedade, angústia e ainda tinha muitas perguntas. Ainda desacreditava na existência de um amor para si. Dramático? Sim, mas é um sentimento real. Um sentimento que assola muitas pessoas. É algo que ele sentia. Ele simplesmente sentia que o amor não era para si. Não existe um para ele.
As batidas aceleradas de seu coração o incomodavam, e saber que suas bochechas estavam avermelhadas pela vergonha de não saber como reagir fazia-o se sentir patético. Ter o rosto bonito com feições marcadas e distintas tão próximo do seu fazia seu corpo ter uma reação química e sentimental que tinha como resultado, chamas ardentes e invisíveis que nunca havia sentido antes.
Sentia-se pateticamente pequeno e atordoado com a visão daqueles lábios róseos e finos tão próximos do seu, com o cheiro delicioso do vinho e do sândalo atravessando suas narinas e com a cor rubra dos olhos que lhe encaravam de forma profunda, parecendo enxergar algo por detrás de suas estúpidas inseguranças.
Naruto queria sentir, mas não se permitia. Tinha o hábito de sempre pensar no que poderia dar errado — no caso dele, tudo. — , resultando em seu pessimismo perante o que seria um relacionamento amoroso e até amigável, já que não possuía amigos.
