Duas Rainhas, Um trono.

• Sour Diesel

Ela consegue e ela sabe que consegue
Estou decolando como um foguete
Nave espacial, tão alto que não posso parar
Sour Diesel -
ZAYN

— Senhorita Messina, Franco Conti é o Consigliere do chefe há anos, não acho que seja aconselhável uma mudança agora — Giuseppe disse sentado na cadeira em frente a mesa de Maya após ela falar as mudanças que gostaria para a sua liderança.

— Isso era na época do meu pai Giuseppe e por tudo que eu li aqui, eu posso fazer as mudanças que acho melhor para o meu regime — ela falou olhando fixamente para ele — Eu não confio nele, como vou aceitar conselhos de alguém que eu não confio?

Giuseppe engoliu seco ao saber que não teria argumentos pra rebater, ele sabia que Maya estava certa.

— Você decide isso — ele falou para ela — Mas quero que saiba que vai enfrentar problemas, Franco é muito querido pelos nossos aliados.

— Isso é um problema para o futuro — ela falou.

Maya esfregou as têmporas sentido uma pontada leve na cabeça, ela havia passado o dia inteiro no seu escritório imersa em todas as informações mais relevantes que ela poderia entender sobre a máfia, ela queria aprender o máximo possível para só assim começar a planejar e traçar os planos de todas as mudanças que ela gostaria de fazer, afinal ela entrou ali para isso.

— Tem mais uma coisa — ela disse abrindo um dos documentos sobre a mesa — Quem é o  nosso infiltrado nos DeLuca?

— Bom... — Giuseppe gaguejou — Ele abandonou o cargo assim que o seu pai foi morto, me pediu dispensa e disse que não se sentia mais seguro.

Maya teve vontade de revirar os olhos, como um infiltrado simplesmente pedia dispensa e ficava apenas por isso? Ela tinha acabado de chegar e já entendia que isso era praticamente um suicídio.

— Pois eu quero que tragam ele aqui — ela falou se levantando —  Ele tem informações demais, é inadmissível simplesmente sair por aí.

— Está certo senhora Messina — Giuseppe assentiu.

— Preciso também de um carro e escolta disfarçada — ela falou parada na porta do escritório  — O mais discreto o possível, para daqui uma hora e mais todas essas coisas aqui — ela estendeu uma folha para ele.

— Pode me informar o destino para que eu passe a logística para o chefe da segurança?

— O endereço é a mansão dos Ferrari, ele vai dar um baile incrível hoje com vários convidados especiais — ela falou com um sorriso irônico no rosto. — Estou afim de conhecer o Vicenzo DeLuca.

Antes que pudesse chegar no meio do corredor Maya pude ouvir Giuseppe andar atrás dela.

— Maya Messina Bishop!! — ele a chamou da mesma forma que chamava a garotinha que corria pelos corredores do lugar, Maya parou olhando para ele com os olhos arregalados — Você está querendo se infiltrar no território inimigo? — ele diminuiu o tom — Se tiver afim de se matar existem formas mais simples — ele falou.

— Giuseppe — Maya respirou fundo — Ninguém conhece o meu rosto, nem o meu nome! Nem sabem a minha idade. É a oportunidade perfeita para eu tentar ver as coisas com os meus próprios olhos.

— Isso é uma carta de suicídio — ele rebatou ainda incrédulo na ideia maluca que ela tinha.

— Já está decidido — Maya falou com um tom que demonstrava que não queria falar sobre o assunto — Espero que tudo que eu pedi esteja disponível no horário que solicitei.

— Sim senhora — Giuseppe disse engolindo o seco.

Maya seguiu em direção ao seu quarto, ela sabia que seria assim, que as suas ideias seriam consideradas malucas, que ela seria diminuída por ser uma mulher e isso era apenas a ponta do iceberg.