12 - my love

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ISABELA BIANCHI

JULHO DE 2016

- Para! Isso dói! - Falo rindo quando Charles começava a me atacar com cosquinhas na barriga.

- Paro quando você me prometer. - Ele diz sorrindo.

- Não! - Nego e ele volta com as mãozinhas ágeis me fazendo gargalhar. - OK, OK! Eu prometo de mindinho.

- Promete o que? - Ele me larga.

- Te amar infinitos! - Falo conseguindo respirar. - Ok, isso é muito brega Perceval.

- Para de me chamar assim. - Charles se levanta entrelaçando meus dedos nos seus e me puxando. - Vem bela! Quero te mostrar uma coisa.

- Mas tá tarde bobão. Se minha mãe descobrir que estamos acordados ela vai bater na gente.

- O ronco de Arthur é mais alto que nossos passos, vem!

Vou bem devagar seguindo Charles e descendo as escadas da nossa casa de verão como dois espiões se escondendo.

Ele me leva até a parte de fora no jardim e me posiciona na frente da piscina. - Tá, o que tem?

- Bela... - Ele tira um potinho do bolso e ponho as mãos já boca. - Você aceita namorar comigo?

- SIM! SIM! MIL VEZES SIM! - Falo gritando sem querer alto demais e logo pulando em cima de Charles que me puxa pra ele me fazendo entrelaçar as pernas em sua cintura. - Eu te amo infinitos, infinitos e infinitos.

- Eu também ma chérie. - Ele me dá um beijinho no ombro se movendo pra trás ainda me segurando, o que da errado quando sinto meu corpo gelando na água da piscina ao ele se desequilibrar.

- Eu vou te matar. Meu Deus.

- EU NÃO VI A BORDA!

Nego rindo e voltando a o abraçar como um pequeno coala novamente.

- Charles, eu...

- Eu te amo infinitamente bela. - Foi a última coisa que ele disse antes de me beijar.

Pela primeira vez.


                             ISABELA BIANCHI

Minha respiração quase para quando Leclerc junta completamente nossos corpos me empurrando com força ainda contra a parede e colando os nossos lábios.

O beijo começa a se aprofundar e Charles aperta a minha cintura com força me fazendo arfar abrindo a boca e dando a passagem pra sua língua.

Meu corpo pegava fogo com a sensação maravilhosa que eu esperava nunca mais ter.

Não por ser um beijo.

Mas sim por ser de Charles.

Mesmo com pouco espaço pra me mexer tento arrumar a minha posição e pegar no seu  cabelo que eu sabia bem como ele amava quando eu o puxava.

Alguns segundos depois a falta de ar chega fazendo  separarmos a boca pra recuperar o fôlego.

Os olhos verdes do monegasco dilatavam e senti meu corpo se amolecendo.

Eu garanto que cairia no chão se as mãos dele não estivessem firmes me segurando.

- É... Eu não queria ter sido tão impulsivo. Você tava provocando e eu só... Pelo visto você não gostou. Bela, des-

- Eu prefiro a época que você falava menos e fazia mais. - Falo puxando seu pescoço novamente e voltando o nosso beijo.

A sensação é incrível.

Quando mexo a minha mão pra sua camiseta ele tira a dele da minha cintura e segura meu pulso com firmeza.

- Você vai se arrepender disso, amor. Por hoje não.

- Mas eu...

- Mas você...?

Babaca.

Ele sabe o quanto isso me deixa nervosa.

- Vamos subir então, Charles. - Falo seca o empurrando seu peito pra trás.

- Subir? - Ele sorri.

- Pra eu ir dormir idiota. Pense duas vezes antes de me tratar do jeito que estava agora pouco.

- Te beijando? Te dando prazer? Ou te-

- Sendo rancoroso.

- Você está sendo assim agora! Pensa em como eu me sinto também Isabela, porra você só pensa em você.

- Nós já estamos brigando Charles!

- Por sua culpa.

- Você quer se acertar?

- Aparentemente o seu jeito de se acertar é me beijando!

- Te beijando porque você aceitou. Eu amo te beijar garota, você sabe bem disso. - Ele fala sorrindo e sinto minhas bochechas corarem. - Vicia.

- É difícil ficar com raiva de você.

- É só não ficar. Eu não estava acustumado com você aqui, passaram 7 anos...

- E 18 eu estava aqui! 18 anos de lembranças. - Quase grito.

- Desculpa. - Ele suspira. - Me desculpa?

- Só se você me desculpar.

- Eu desculpo.

Sorrio com a resposta e Charles me envolve em seus braços me abraçando. Sinto meu olho ameaçar uma lágrima mas o fecho com força sentindo o cheiro do perfume do mais velho entrar no meu nariz.

Eu sempre fui dependente de atenção, ele sabia disso. Só acho que fui injusta de esquecer que Leclerc também queria atenção, ele precisava.

Nunca entendi o que passava na cabeça dele, muito menos agora. Se essa briga foi por tio Hervé, se foi porque eu os deixei aqui, ou até porque não voltei quando eles precisam.

Porque meu "namorado" precisava de mim

Era pra minha família estar em primeiro.

Eu sempre estava em primeiro pra eles.


                                    

🎭

oi miguxos, perdão pela demora e pelo capítulo curto.

o próximo já tá até pronto!!

obrigada pelos 14K, amo vocês💗

love him is red - charles leclercOnde histórias criam vida. Descubra agora