love him is red - charles leclerc

26 - amor

AVISO: cenas +18, caso não se sinta confortável, leia após o primeiro "🎭", onde a briga começa.

ISABELA BIANCHI

Charles me beijava profundamente. Sua boca não desgrudou da minha pele por nem um segundo nos últimos 5 minutos. Desceu o meu pescoço mordiscando e chupando com um pouco mais de força do que deveria se não te tivesse intenção de deixar marcas.

Mas era óbvio que ele queria.

Me empurrou sobre a cama enquanto voltava a me beijar por cima. Suas mãos apoiadas um pouco a cima do nível dos meus ombros pra seu peso não cair por completo em cima do meu corpo, mas logo o puxo pelo pescoço pra nossos corpos se juntarem completamente.

De olhos fechados, busquei a bainha de sua blusa antes de puxa-la pra cima. Era visível meu sorriso com a visão. Tinha muitas saudades daquilo.

- Tem certeza? - Ele perguntou perguntou pegando no zíper do meu vestido. Demorei um pouco pra concordar, o que fez o moreno parar os beijos por um momento. - Te fiz uma pergunta. Quero palavras.

- Sim, Charles. - Resmunguei antes dele tirar meu vestido por completo.

Se separou um pouco do meu corpo antes de sorrir, observando-o. Só estava segura com aquilo por que era Charles. Ele conhecia mais meu corpo do que eu mesma.

Por outro lado, querendo ou não faz muitos anos que não nos relacionamos assim. A última pessoa que eu transei é um sequestrador que não era nada boa no que fazia. Isso é algo bem que os diferencia muito.

- Você é linda. - Falou aproximando a boca de um dos meus seios. - Mas está tensa. Relaxe, amor.

A sensação era tão boa que a única coisa que saiu da minha boca foi um alto gemido. O piloto abocanhava um seio com a boca e massageava o outro com as mãos. A sensação era inexplicável, minha cabeça não processava nada.

Refez o movimento com o outro seio e alguns minutos depois, se soltou por completo. Me fazendo contestar.

- Charles... - Falei fechando os olhos.

- Quero seus olhos abertos. - Sussurrou me puxando da cama pra sentar em sua beirada. - Suas pernas também.

Eu congelei.

Nada saia da minha boca, apenas suspiros pesados enquanto minha boca salivava com os olhos verdes profundos dilatados que ainda me encaravam, antes de se ajoelhar no chão e abrir meus joelhos com as mãos.

Me arrepiei por completo. Estava nervosa, muito nervosa. Meu corpo tenso e minhas coxas tentaram se fechar automaticamente, mas fui impedida pelas mãos firmes do piloto.

- Charles... - Protestei.

- Deixe as aberta. Relaxe. - Falou antes das minhas costas se arquearam à medida em que ele aproximava da minha parte mais necessitada. - Você está pingando... - Sussurou antes de puxar minha calcinha pelas pernas.

Minhas bochechas rosaram. Antes de eu ter a chance de rir, fui surpreendida por seu dedo que circulava minha intimidade. O polegar acariciava lentamente, fazendo meus quadris se mexerem na busca de mais toque e sua outra mão o segurar pra baixo.

Era chantagem.

Depois de um dedo inserido, pedi por mais. Depois de dois dedos, pedi três.

- Mais um... - Resmunguei quase sem voz pro piloto que me deu sua língua como resposta.

A sensação era tão boa que não demorou 15 segundos para eu gozar. Charles lambeu cada gota como se lembrasse do gosto todo dia, como se estivesse orgulhoso da facilidade pra me fazer ficar assim.

Minha respiração desregulada era evidente.

Deus, eu amo Charles.

🎭

- Ela é a sua esposa, idiota! Você é um escroto machista que traiu a esposa. Lorenzo, você tem uma filha! Você é um péssimo pai, péssimo marido e um péssimo irmão! Papai te espancaria se soubesse que traiu a esposa. - Arthur gritou antes de socar com força o irmão.

Apertei a mão de Charles com medo enquanto Julie corria pra tentar impedi-lo . Hoje iríamos anunciar o namoro à família se Lorenzo não tivesse aparecido a 2 minutos atrás aqui na casa de tia Pascale. Estavamos comendo na mesa até ele surgir e começar a bater boca com Arthur, que acabou de levar um soco como resposta.

- PAREM OS DOIS! - Tia Pascale gritou se levantando. - Essa não foi a educação que dei a nenhum, muito menos Lorenzo.

- Mas mãe...

- Saia daqui agora. - Falou seria. - Sua filha ganha mais atenção dos tios do que de você. Achei que tinha criado um bom homem como seu pai, pelo visto me enganei.

O homem piscou algumas vezes concordando  e dando as costas. - Falem pra Aurora que amo ela... - Sussurou antes de sair.

O clima pesado de choque entre nós atrapalhou o círculo da conversa. - Amor, vamos pegar um gelo pro seu olho. - Disse Julie à Arthur que ainda chorava um pouco. - Todos estamos decepcionados.

- Minha imagem de Lorenzo foi embora. - Falei olhando fixamente pro chão. - Nunca imaginei que ele fizesse algo assim com a Rafa.

- O nome dela é Charlotte. - Julie mordeu os lábios. - Conheci ela antes, uma vez que eu saí com Lorenzo pra um restaurante ou algo do tipo. Sei bem que é.

- Pedi a Isa em namoro. - Charles soltou e meu corpo estremeceu.

Arthur me abraçou pela frente, Julie pelo lado, Charles por trás e depois ainda senti tia Pascale choramingar nas minhas costas. Não era um choro triste, era o contrário.

Estavam felizes.

🎭

Já se passaram algumas semanas dês que não vejo Lorenzo, e alguns dias de que não vejo Charles. Estou no apartamento de Arthur, só que com Julie e Aurora que está passando o final de semana inteiro com nós duas.

Enquanto os dois estão na Arábia Saudita, estamos vendo Charles subir no pódio pela TV. É impossível não dizer o quão eu estou orgulhosa.

- O TIO CHARLES GANHOU? - Aurora gritou pulando e eu ri. - EU QUERO MUITO IR! Por que eu não posso? - Choramingou.

- Não, amor. Ele pegou a terceira posição, é ótima. - Tentei amenizar. - Quando eu tinha a sua idade, também não ia às corridaz do meu pai.

- Seu pai também é  piloto? - Perguntou curiosa.

- Meu Deus. - Julie se sentou ao me lado. - Ela não conheceu o tio Jules.

- Ele era. - Sussurrei.

- E onde ele tá? Não lembro de nenhum tio Jules aqui em casa.

- Ele tá no céu. - Respondi. - Junto do seu vovô. Que você não deve se lembrar, mas ele ainda tava aqui quando você nasceu. Tio Hervé foi um ótimo tio pra mim.

A criança concordou voltando a prestar atenção na TV como se aquilo tivesse a incomodado um pouco. Era muito pequena quando ele morreu, não deve se lembrar de nada. Duvido muito que seja um assunto da família.

- O Arthur já me mandou foto. - Disse Julie sorrindo boba pro celular. - Charles disse que está morrendo de saudades.

- Eu também tô... Acredite em mim.