21 - hospital

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1/3 DA MARATONAAAAA

gente, quase morri pra escrever esses três capítulos com calma. votem e comentem muito se gostarem!

segundo capítulo de HOTEL ROOM já tá postado, passem lá!

eu odiei, além de ter ficado gigantesco.

mas como prometido, tá aqui.

ISABELA BIANCHI

Virava mais um gole de coca 0 sobre a minha boca enquanto eu e Arthur esperamos Charles na mesa da cozinha de seu apartamento. Não tenho ideia de que horas são, mas acredito que faltam poucas hora para o sol nascer.

Puxo meus joelhos pra cima, colocando os pés sobre a cadeira e agarrando as pernas com as mãos para apoiar a minha cabeça.

- Quer? - Pergunto a Arthur que só puxa meu copo pra ele, bebendo o líquido escuro como um camelo no deserto. - Se você acabar com a minha coca, você vai levantar e ir atrás de outra. Preciso de açúcar.

- Essa coca é 0, idiota. Não tem açúcar. - Ele responde virando até a última gota nos lábios. Antes de eu conseguir protestar, Charles aparece se sentando na cadeira com uma caneta e um papel nas mãos.

- Ótimo. Podemos começar.

- Qual é a da caneta? Virou psicólogo?

Eu havia passado um pouco mais de uma hora fazendo exames pra conferir se estava bem mesmo. O único resultado na batida no poste foi um pequeno corte na minha testa que iria ter que trocar o curativo por duas semanas inteiras após os banhos.

- Isa, você só vai falar, ok? Não me pergunte nada. Eu que faço as perguntas agora.

- Tá! - Bufo. - Estava com todos vocês no hospital, certo? Então eu fui ao banheiro e...

- Não. Dês do início. - Charles me interrompe.

- Como?

- Detalhes, dês do começo.

- Simon e eu não terminamos do melhor jeito. - Respiro fundo - Dês de que cheguei aqui ele me ligava uma vez ou outra mas eu sempre ignorei. Ontem de madrugada ele me ligou me ameaçando.

- Quando eu estava aqui? - Eu concordo. - Prossiga.

- Fiquei com medo mas resolvi levar na brincadeira. Quando chegamos no hospital e fui ao banheiro, meu telefone estava com você. Mas a sua chave do carro comigo.

- Quando chegamos no estacionamento eu tinha te jogado, eu lembro.

- É. O maluco me puxou pelas costas pra dentro do banheiro e... Começou a me chamar de umas coisas e... - Respiro fundo agarrando mais ainda as minhas pernas contra o peito. - Me beijou, disse que ele iria me levar direto ao aeroporto e que se quando a gente saísse do banheiro eu chamasse ajuda ou chorrase ele iria me ensinar a como se... Comportar.

Eu me sentia suja. Arthur olhou pra mim como um pedido para eu não parar de respirar mas apenas engulo o seco pra não chorar.

- Ele tentou mais algo? - Charles perguntava enquanto escrevia algo no papel.

- Não. Quando saímos do banheiro, ele estava andando enquanto me segurava pela cintura. Apenas chutei a canela dele e consegui correr pelas escadas de emergência até a garagem. Nunca corri tão rápido na minha vida. Peguei o carro e fugi até bater na merda do poste. Estava chorando tanto que aquela moça me ajudou e ligou pro meu amigo, que no caso era você.

- Amigo? - Charles pergunta sério e concordo. - Ok. Isso fica comigo. - Apontou pro papel. - Pode falar, Art.

- Julie havia me falado da tal festa que você iria bla bla. Não sabia que Isa iria junto. Enfim, estava com Lorenzo e Rafa, almoçando em um restaurante aqui perto. Então o telefone de Lorenzo começou a tocar e era Aurora.

love him is red - charles leclercOnde histórias criam vida. Descubra agora