Uma Vampira na Cidade - Parte 4

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Uma Vampira na Cidade – Parte 4 – por Stefany Albuquerque

— Já sei! Ele quer que nós estejamos no evento de obras de arte da galeria German. Ouvi dizer que estão leiloando artefatos históricos como o cálice de Judas.

— Por que eu tenho um pressentimento ruim sobre tudo isso?

— Acho que é porque você dormiu com uma vampira-demônio.

Começo a rir e logo em seguida ele me beija.

— E o que mais eu ganhei de você, Morticia?

— O meu amor, o que mais você quer?

— Para mim já é o suficiente.

Começamos a nos trocar. A roupa que Henrique deu para Dri é um belíssimo smoking preto.

— Sempre gostei do preto em você, querido.

— E eu sempre gostei de ver você em um vestido vermelho, esse seu decote está me deixando com as pernas bambas.

— Mas está muito longo, corta a barra pra mim, querido.

Ele corta com delicadeza a barra do vestido até chegar à parte superior da minha cocha.

— Agora sim! Está perfeito.

— Poderia pegar os meus sapatos estão na varanda, querida?

Vou até a varanda e os pego. Então pergunto:

— O que seus sapatos estão fazendo na varanda? Homens! Esse seu pedido poderia me matar, a sorte é que já anoiteceu e...

Antes que eu termine, olho para baixo e vejo que na rua a van sumiu e que homens vestidos de capa preta estão entrando no hotel.

— Vai demorar muito, Morticia? Porque se não eu...

Arremesso os sapatos em sua direção e acelero os passos.

— Temos companhia.

— Quê?

— Tem, pelo menos, uns sete homens entrando no hotel.

— E cadê seu "guarda costas"?

— Não sei, mas temos que sair logo, vamos pela escada de incêndio.

Ele veste os sapatos e saímos rapidamente.

Ao chegar no corredor, ouvimos passos.

— Eles já estão aqui! Vamos pelo elevador!

Corremos para o elevador, mas antes dele fechar as portas, vemos dois deles indo em direção ao apartamento. Retiro de dentro da minha bolsa um batom.

— Isso é hora para maquiagem? E de onde surgiu essa bolsa?

— Não conhece as mulheres? Temos muitos truques. Se segura.

— Me segurar onde?

Um barulho estremece o elevador, fazendo com que ele chacoalhe.

— Isso não é um batom – Dri comenta.

— Descobriu o Brasil! É o dispositivo de uma bomba.

— Fala com tanta tranquilidade que parece que isso já é cotidiano.

Ele me olha buscando uma resposta, mas não a obtêm.

— Nossa, você é imprevisível.

— Prepare-se, Dri, estamos parando antes do térreo. Alguém vem vindo.

A porta se abre e um homem está em frente ao elevador.

— Encontrei vocês.

Dri responde:

— Acho que não.

Dri dá um soco no estômago do homem e o puxa para dentro do elevador.

— Vamos!

Antes de eu conseguir sair do elevador, o homem segura a minha perna. Rapidamente peço ajuda.

— Dri!

Dri dá um chute no rosto do homem, ele desmaia. Pega em minha mão e pergunta:

— Você está bem, querida?

— Sim! Vamos!

Entramos em uma porta que dá acesso à escada.

— Arrume seu smoking, querido.

— Arrume seu cabelo, querida.

Ele sorri.

Andamos pelo corredor até chegar à porta. Vimos que ela dava nos fundos do hotel, em frente a um beco. A van de Claudinei está parada. Ele olha com seriedade e diz:

— Vocês demoraram.

— Como assim "vocês demoraram"? Onde estava você quando sentiu o meu medo?

— Medo? Eu não senti nada. Apenas vi um movimento estranho e pensei que se desse algo errado a senhorita sairia pela porta dos fundos.

Dri toma a frente e entra na van, estendendo sua mão para mim.

— Com um "guarda-costas" como esse, você nem precisa de inimigo.

— Vamos para o centro, na Galeria German.

O silêncio toma conta do lugar. Então Claudinei olha para frente e começa a dirigir.

Ao chegar ao local, um grande movimento toma conta da rua. Olho para Claudinei e digo:

— Você fica dentro do carro, e de preferência, com os olhos e ouvidos bem atentos.

Saio puxando Dri e fecho a porta da van.

— Vou ligar para o Henrique e perguntar que espécie de segurança é esse que ele me arrumou.

Pego o celular.

— Henrique, que tipo de segurança é esse?

— Calma, querida, eu te alertei sobre ele. Está no leilão? – questiona Henrique.

— Estou na entrada.

— Seu colar está aí? Eles irão leiloá-lo esta noite e, adivinha, farão de tudo para obtê-lo.

— Lobisomens?

— Sim!

— Mas eles já não o tinham em suas mãos?

— Sim, mas Lacrost lucra mais com o leilão, já que o chip não está mais nele.

— Como assim? O que vim fazer aqui, então?

— O chip está com o líder de Lacrost.

— E quem é?

— Uma boa pergunta. Ninguém o conhece, porém, tenho informações de que quem comprar o colar, vai receber ele diretamente das mãos do líder de Lacrost. Encontro vocês no salão principal.

Ele desliga o celular.

— É... A noite está apenas começando e eu já estou amando o cheiro do perigo.

Beijo Dri e entramos no salão.

Continua...

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Uma Vampira na CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora