Uma Vampira na Cidade - Parte 12

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Uma Vampira na Cidade – Parte 12 – por Adriano Siqueira

Para completar o dia, Minerva fugiu. Henrique e Dri estão feridos, mas inteiros. Eu ainda tenho que desvendar o mistério do homem virgem que a Minerva quer encontrar para reinar com ela.

Henrique disse que iria pedir ajuda de uma bruxa. Isso sim completa o meu dia de estresse.

— Henrique! O que sabe sobre a bruxa? E como podemos usá-la para localizar Minerva?

— Morticia, a bruxa que chamei é muito antiga. Ela conhece todas as criaturas sobrenaturais e pode nos ajudar a encontrar a Minerva e ainda nos ajudar a derrotá-la.
— Não confio muito em bruxas – dizia Dri.

— Mas você foi ajudado por uma faz muito tempo. Nem todas são más, Dri. Henrique faça o seguinte. Leve-nos à bruxa para falarmos com ela.
— Tudo bem, mas mantenha este vampiro apaixonado longe de mim.
— Henrique! Tente segurar no pescoço da Morticia novamente e eu empalo sua cabeça e coloco na minha sala.

— Vou dizer uma coisa para vocês dois... Dri e Henrique... Não transformem o meu dia pior do que já está, ou eu juro que serei muito, muito cruel.
Dri e Henrique engolem em seco e desconversam por algum tempo. Até que o Henrique me diz:

— Vou levá-los até a bruxa.

Quando chegamos em uma casa noturna eu pergunto:

— Tem certeza que ela está aqui, Henrique?

— Sim! A bruxa é proprietária de muitas Casas Noturnas da cidade.
— Pelo menos ela tem estilo – dizia o Dri olhando para as estátuas de cavalos soltando fogo pelas narinas.

Vejo o Henrique dizer uma senha para o segurança da Casa Noturna e ele nos deixa entrar. O local estava cheio. Subimos um andar e tinha uma enorme sala. Na mesa, uma mulher de olhos azuis, toda de preto. Os seguranças fecham a porta e Henrique nos apresenta.

— Sharazi estes são Lord Dri e Lady Morticia.

— Eu sei bem quem eles são, Henrique... Como também sei o que querem... Meu preço é alto para isso. Não arrumaria encrenca com Minerva sem antes saber se estou em vantagem.

Eu vejo algo estranho naquela bruxa. Ou ela não está sendo absolutamente sincera ou está escondendo muita coisa... Se eu pudesse chegar mais perto, poderia ter uma ideia do que ela realmente é... Mas a mesa está protegida com alguma defesa que não consigo penetrar. Ela me olha e sorri...
— Conheço seus poderes, Morticia. No momento, não é oportuno que descubra quem sou... Mas minha amiga vai gostar de saber que estão aqui.

Vejo Sharazi abrir uma porta e Minerva estava lá. Eu tento reagir, mas uma parede de fogo é erguida em nossa frente e também na porta de saída. Ficamos presos entre elas. Dri comenta:

— Henrique, você tem realmente tem amigos adoráveis.

— Cala boca, vampiro. Eu não sabia que estavam juntas. Por que não cria um plano B enquanto a gente distrai as duas?

— Eu prefiro reagir do que criar planos, sua bola de pelo.

— Essa bruxa não parece com as que conheço... Ela não disse nenhum encantamento para criar estas paredes de fogo. Deve ser bem poderosa, mas logo eu darei um jeito nela.

Olho para Sharazi e digo:

— E o que você vai ganhar ajudando Minerva?

— Vou me vingar, é claro. Esse vampiro que vocês trouxeram é o Lord Dri. O amante da minha Irmã.

Dri fica nervoso e responde:

— Então foi você que entregou a própria irmã para ser queimada? Só por eu não querer nada com você, resolveu destruir o nosso castelo. Lady Shy morreu, mas agora vou me vingar mandando você para o inferno!
— Não seja tão metido, Lord Dri. Não foi por ter me recusado que eu entreguei vocês... Foi para reinar aquele lugar que já estava cheio de problemas. Quando minha irmã foi queimada e você sumiu, eu assumi o reinado e dominamos muitas terras. Mas estou aqui hoje especialmente para entregá-lo de bandeja para Minerva.

Eu fico furiosa e entro na conversa.

— Como assim, Sharazi? Como o Dri seria útil para os seus planos?

— É algo que você não sabia, não é, Morticia? Seu Lord era um caçador antes de ser mordido...

— Mas isso eu já sabia.

Henrique começa a rir e o Dri coloca sua mão no rosto e abaixa. Eu pergunto:
— Por que está rindo, Henrique?

— Não sacou, Morticia? O grande Lord Dri era virgem antes de se transformar em vampiro. Os caçadores daquela época faziam votos de celibato para não cair na tentação dos seres noturnos...

Eu ri... Olhei para o Dri e perguntei:

— É verdade, meu querido Lord virgem?

— Então... Ah... Bom, agora sim tenho dois motivos para acabar com essa bruxa.

— A lei é que uma criatura noturna com alma virgem seja escolhido para o acasalamento com a rainha... Mas é claro que ele depois não será mais útil.
Henrique ri, olha para a Morticia e comenta.

— O Lord Virgem está bem cotado com as moças.

Eu rio, mas a situação precisa ser resolvida logo. Porém, o Dri se pronuncia.
— Liberte-os e serei de vocês.

A bruxa diz com frieza:

— Matamos os dois e depois você, grande e eterno virgem, Lord Dri.
— Que título, hein Lord Virgem? Belo slogan para as suas futuras histórias que serão lidas pela criançada – zomba Henrique.

— Hoje não é meu dia.

Eu disse sorrindo:

— Querido Dri. Até que eu achei romântico.

— Calem-se! – Sharazi balança os braços e desliga a parede de foto do Dri, e o leva para o terceiro andar junto com Minerva. Então diz:

— Leve o Lord Dri para os meus aposentos e eu cuidarei para que ele seja a criatura que escolhi para ter um herdeiro. Se ele se comportar, posso perdoar seus amigos e os libertar.

— Não se atreva a colocar as mãos nele – digo.

Minerva e Sharazi sobem as escadas e deixam os prisioneiros a sós.
Existem extintores de incêndio na sala. Se eu pudesse acioná-los com minha mente, talvez eu pudesse reverter a situação. Mentalizo muito até que finalmente os extintores começam a ligar e as mangueiras se agitam de forma eficiente até que todos ficarem livres.

— Foram para o terceiro andar. O ritual deve começar. Logo.

— Não é algo que se pode dizer trágico, já que o Dri vai curtir a sua virgindade humana.

— Ele é o meu Dri. Não vou deixar aquela vaca peluda tocar nele. Vamos fazer uma festa nesta casa noturna para tirar a atenção dos seguranças enquanto eu as enfrento.


Continua...

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