Uma Vampira na Cidade - Parte 9

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Uma Vampira na Cidade – Parte 9 – por Adriano Siqueira

— Sabe, Dri... Quando você disse que iria me levar para um lugar seguro, eu esperava que fosse um castelo ou uma fortaleza... Mas isso aqui? Uma quitinete no centro da cidade e ainda no primeiro andar? Olha lá embaixo. Está cheio de gente olhando prá gente. Seriamos alvos fáceis.

— Não se preocupe, Morticia. O lugar é muito "sem noção" para a Minerva procurar a gente por aqui. Além disso, com a quantidade de humanos nas ruas, não teríamos problemas de nos alimentar.

— Dri... Eu odeio barulho. Ainda mais gritaria de humanos. Olha aquele carro lá tocando aquela música barulhenta e um monte de gente dançando em volta. É irritante.

— O pessoal chama isso de música. Funk. E é costume encontrar esses carros com caixas de som atormentando a vizinhança.

— Não por muito tempo.

Saio do apartamento e vou em direção ao carro que está tocando aquela música sem sentido. Escuto o Dri gritando para eu voltar, mas não ligo e sigo em frente.

Dou uma boa olhada. Tem oito homens e cinco mulheres dançando em volta do carro.

Não paro nem um minuto. Passo por uma mesa cheia de bebidas. Pego suas garrafas e bato na cabeça e um homem, logo em seguida, arremesso a outra garrafa na caixa de som do carro fazendo um furo enorme no alto-falante, mas antes que o pessoal veja o que está acontecendo, pego a cabeça de dois homens e bato um contra o outro, fazendo-os desmaiar. Chuto o saco do quarto homem e, quando ele abaixa de dor, dou-lhe uma joelhada. O quinto homem agarra meu pescoço por trás enquanto o sexto tenta me dar um soco no estomago, mas eu subo em cima do que estava me segurando e quebro o pescoço dele.

Faltam apenas três homens. Pego o sexto rapaz e jogo ele para dentro do carro, quebrando o vidro. O sétimo e oitavo homens estão armados com um revólver .38; eles atiram, mas meu corpo absorve as balas. Tomo a arma da mão do sétimo homem e atiro na testa do oitavo, depois atiro no saco do sétimo.

Todo mundo que viu a cena começa a aplaudir.

Dri vem correndo com a mão na cabeça.

— Morticia! Assim seremos descobertos e...

Eu faço o sinal de silêncio e ele fica quieto... O suficiente para ouvir os uivos...

— Eles estão vindo, Dri...

Dri responde com ironia...

— Não faço ideia de como eles nos descobriram, Morticia... Estávamos tão quietinhos, né? E agora? Como vamos deter uma alcateia inteira? Eu não tenho pneu para ficar jogando na rua para eles seguirem, iguais cãezinhos.

— Lobos não correm atrás de pneus, Dri... Quem faz isso são cachorros.

— O Henrique faz...

— Dri... Isso não é hora de fazer insultos para os meus amigos.

— Ah, eu sei disso, e tem até slogan "Henrique, o melhor amigo do homem!". Adorei... O que achou?

— Vamos correr! Eles estão perto demais.

— Damas primeiro.

Corremos até um beco... Estávamos sem saída...

— E agora, Dri? Qual é o plano?

— Que tal um grande e sonoro grito de socorro com grande ênfase no "Me ajudem!"?

— Dri... Se esse for o plano... estamos mortos.

Eu olho em volta e vejo acima várias janelas com vidros espelhados.

Eu pulo para o alto e arranco algumas janelas colocando no chão junto com a parede...

Uma Vampira na CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora