Capítulo XIII - final.

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P.V — Beck:

Entro em meu apartamento e vejo Sam sentada no sofá. Não faço idéia do horário que ela chegou, mas deve fazer um tempo.

— Onde você tava'?! — Sam se levanta.

— Casa da Jade. — Tiro meu casaco e o coloco no cabideiro ao lado da porta.

— Porra, são três da manhã! O que caralhos você tava' fazendo na casa dela?

— Garantindo que ela não ia entrar em coma alcoólico. — Vou em direção à cozinha.

Suas sobrancelhas estavam franzidas e seus lábios entre-abertos. Abro a geladeira e pego uma garrafa de água.

— O quê?

— Ela bebeu muito, provavelmente surtou e quebrou as coisas de vidro que a mãe de Freddie ouviu. — Dou uma pausa. — Quando entrei lá ela tava' completamente fora de si e eu preferi ficar lá até ela voltar à ficar minimamente sóbria.

— Ah... Não fazia idéia de que ela era fraca pra' bebida. — Sam cruza os braços.

Eu abro a garrafa e bebo um gole de água, fechando-a em seguida.

— Cadê seu colar? — Ela aponta para meu pescoço.

— Bem... Imaginei que não seria muito bom continuar com ele depois de terminar. — Dou a volta na bancada. — Não quero insistir no mesmo erro duas vezes.

Sam sorri. Acredito que ela esteja no mínimo orgulhosa. Eu estou extremamente mal com isso, mas sei que se eu me isolar mais uma vez iria ser bem pior do que antes. Agora eu iria ter que ver Jade quase todos os dias na Hollywood Arts já que Sikowitz quer que a gente ensine um pouco para os alunos do que a gente sabe. Dessa vez, a carga escolar seria maior e nós iríamos dar aulas. Além das matérias normais, iríamos ensinar coisas como: Edição, criação de roteiros, montagem de cenários...

— Uau... Acho que agora vocês não vão se falar definitivamente. — Ela ri. — Não que isso seja maravilhoso, mas sabe... É um avanço.

— É... Deve ser. — Passo a mão em meu cabelo. — Como foi lá com o grupo?

— Foi tranquilo. Eles escolheram um restaurante qualquer ai e a gente ficou só relembrando umas coisas do passado. Não tinha como ser diferente. — Sam enfatiza essa última parte. — Tori tá' querendo marcar mais alguma coisa pra' próxima semana.

— Você quer ir?

Sam solta um resmungo.

— Nem pensar. Eu ainda não quero ter a amizade deles de volta.

Deixo um sorriso aliviado escapar. Eu estava pensando que ela tinha mudado de ideia e queria dar uma "segunda chance". O que seria bastante preocupante considerando que estamos falando de Samantha Puckett.

— Não é nada pessoal contra eles, mas eu não quero ter aquela proximidade que o grupo tinha antes. — Admito. — Não foi nossa culpa eles terem se afastado da gente. Foi?

— Não! — Sam quase grita. — A gente não fez nada de errado. Eles só... Preferiram ir embora quando os problemas deixaram de ser um dever de matemática e viraram coisas sérias.

Ela não estava errada. Durante todo esse tempo somente Sam esteve aqui quando eu precisei, e eu estive lá para ela o tempo inteiro. Até porquê páginas tinham sido viradas e decisões foram tomadas. Acho que tudo que você perde é um passo que você dá. Eles decidiram seguir a vida e esquecer o juramento que o grupo fez no nosso último dia de aula. Nós fizemos nossa parte..

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