Capítulo IV

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P.V - Sam

Beck entra em seu quarto, eu sabia o quanto tudo tinha o afetado, até porquê ao invés de se consolar quando tudo tinha acontecido ele estava muito ocupado me consolando por conta de Freddie.

"O que eu tô' sentindo não importa, Sam. Eu tô' aqui pra' te ajudar, me resolvo comigo mesmo depois" - Palavras dele, ele era sempre assim.

Amanhã eu precisava tirar um momento para falar de tudo isso com Beck, sobre o que eu e ele estávamos achando sobre tudo e principalmente questionar porque em um dia inteiro que passei
com ele, não o vi tocar em literalmente nenhuma comida.

Bem, esse dia tinha sido muito louco, em relação a tudo. Não quero adimitir isso, mas a noite até que foi legal, e me surpreendeu como mesmo depois de anos a turma ainda tinha uma conexão, será que eles ainda tinham mantido contato? Não, acho que não.

Fico por mais duas horas acordada, brincando com Ariel e assistindo qualquer coisa aleatória que passava na TV', resumindo, fui dormir perto das duas da manhã, como de costume.

- Boa noite, gatinha - Faço carinho na cabeça da gata uma última vez antes de me levantar.

Pego minha mochila no chão e caminho até a porta à esquerda do corredor, o quarto de hóspedes. Ou meu quarto, já que ele não recebe visitas e eu já vou morar aqui mesmo. Dou uma última checada na porta de meu amigo, sem barulhos e tudo escuro, ele realmente deve ter ido dormir.

Entro no quarto e ascendo a luz, dou de cara com a cama de solteiro que tem que estar sempre bem arrumada, isso faz eu lembrar da promessa que fiz para mim mesma; "Não vou deixar a casa dele um caos", não prometi isso porque me preocupo com o trabalho que ia ter depois, mas sim porquê, provavelmente, Beck iria ter um colapso com a bagunça, a mania de arrumação dele é muito doida, chega a ser um pouco irritante.

Deixo a mochila na cadeira da escrivaninha e tiro somente meu pijama; uma calça xadrez vermelha e uma blusa preta. Me troco e enfio a roupa que estava no fundo da mochila.

Meus pensamentos vão para o fato de que terei que encontrar todo mundo ali amanhã, mesmo que tenha me dado bem hoje, ainda não queria um reencontro. Freddie está solteiro, algo que não imaginava, pouco tempo atrás acabei vendo as redes sociais de algumas pessoas do grupo, e ele estava com uma mulher e uma criança, que chutei ser esposa e filha dele. Talvez, eram só amigas da mãe doida dele, não é?

"Por que me preocupo? A vida do Benson não é da minha conta."

Apago a luz e vou para a cama, não tenho dificuldade alguma para dormir, o que não é novidade.

*

Queria poder dizer que acordo com o barulho de pássaros ou qualquer coisa do tipo, mas não. Acordei com alguma obra que estava acontecendo ao lado do prédio.

- Quem começa uma obra às... - Olho para o telefone. - Sete da manhã?!

Aproveito que já estou acordada e me levanto, indo diretamente para a cozinha. Ainda estava um pouco sonolenta, não notei Beck sentado em um banco perto da bancada com uma caneca de café e o notebook a sua frente.

- Bom dia.

Dou um pulo. Pude sentir meu coração errar uma batida.

- Ai! Que susto, seu demônio! - Coloco minha mão no coração, as batidas estavam aceleradas.

- Bom dia? - Ele tinha um sorriso no rosto.

- Só 'dia' porquê de 'bom' não tem nada. - Estava irritada por ter arcordado com um barulho de furadeira na minha cabeça.

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