❪CAPÍTULO CINCO!¡.... você me enoja.❫
NASCIMENTO ESTAVA COM RAIVA, SE FOSSE sincero diria que era consequência de escrúpulo após a conversa com a mãe do fogueteiro. Seu humor só piorou quando teve que se ausentar do seu turno pela manhã, para ir a psicologa que lhe deu um murro no estômago ao revelar que aquilo, era raiva em excesso com ansiedade.
Normalmente, raiva em excesso para um oficial era motivo de se aposentar, era isso que ele ansiava a cada segundo do dia. Era isso que desejava desde que recebeu a noticia que sua ex mulher aguardava um filho seu.
Mas nada vinha com facilidade, a maneira na qual o Comandante lhe deixou claro que ele só sairia do BOPE quando a missão fosse cumprida, suas expectativas fugiram como poeira em deserto. Sua raiva estava aflorada como nunca, evitava até mesmo conversar com os colegas de equipe, sabia que explodiria a qualquer momento.
Bebericando como chá quente a água que se encontrava no copo de plástico, Nascimento observava a delegacia que se mantinha calma. Uma equipe pela tarde fazia o patrulhamento de Turano enquanto a restante aguardava com calmaria no estabelecimento.
Nascimento observava a maneira na qual todos ali se portavam, observava como o zero sete passava firmemente o pano úmido em seu fuzil, enquanto assoviava uma música desconhecida. Observava como o zero seis ria com outro policial sobre uma piada interna soltada entre eles. Estavam rindo.
Todos eles haviam algo em comum, nenhum estava tanto tempo no BOPE quanto o capitão, e todos estavam por fim, felizes no momento. Se perguntava se seus status era o motivo da raiva que sentia dentro de si, se aquele era o motivo no qual ele explodia sem controle ao meio dia de um dia qualquer da semana. Como podiam rir, como podiam rir enquanto ele se sentia tão pessimista.
Quando forçou-se para olhar atentamente a uma sombra que vinha em sua direção, notou que mais alguém parecia insatisfeito com algo. Passou a língua nos lábios quando a capitã pousou finalmente em sua frente, nutrindo a carranca fechada e as bochechas levemente avermelhadas.
——————— Você e sua equipe vão comigo buscar o corpo do fogueteiro.
Ser direta era uma das características positivas marcantes de Valentim, mas naquele momento e para aquela pessoa. Parecia ter escolhido o dia errado para se expressar.
——————— E quem você pensa que é para me dar ordens? —— a resposta do Nascimento era fria, seus olhos expressavam o mesmo sentimento.
——————— Seu filho vai nascer e você não consegue ter compaixão de uma mãe?
Aquela mania dela precisava ser curada rapidamente, sua estratégia de dizer o ponto fraco era perigosa. Nascimento poderia até gostar disso em qualquer outro momento, mas aquele dia no qual ele precisava descontar sua raiva em alguém parecia tudo se encaixar.
Ela não obteve resposta, pelo contrário, o capitão se afastou fechando as persianas de pvc da sala em que estavam. O barracão de missões que se encontravam era dividido por dois andares, o de baixo servia como garagem e auxílio de treinamento. Já o de cima apenas quem havia acesso as pequenas salas era os capitães, exceto o quarto que havia nos fundos para descansarem que se mantinha aberto para todos.
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SALVATORE, capitão nascimento
FanfictionSALVATORE⌇━━ Helena Valentim, uma veterana exausta de uma década de serviço no BOPE, anseia pelo fim da carreira. No entanto, uma última missão surge, obrigando-a a trabalhar ao lado de um capitão que não apenas a introduz a experiências inéditas...