seis, cadê o fogueteiro?

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CAPÍTULO SEIS.... cadê o fogueteiro?.❫

NÃO DEMOROU MUITO PARA QUE ACHASSEM A casa do vapor, o rapaz dormia em sua cama suavemente. Mal percebeu o momento em que a equipe adentrou em sua residência.

Mas ele iria acordar da piorar maneira, Nascimento se encarregou de destilar o fuzil na cabeça do moleque. Fazendo assim o garoto desmaiar antes mesmo que pudesse opinar sobre a situação.


Toda a ação demorou menos que três minutos, rapidamente jogaram o corpo amolecido do rapaz em uma das viaturas e dirigiram até o barraco vazio mais próximo dali. A favela estava calma, era dia de baile funk em um dos morros próximas oque significava que podia ser feito qualquer coisa nas ruas, o trabalho de tirar as informações do vapor não seria um problema já que as ruas estavam vazias pela a algazarra em outro local.


Assim que acharam o barraco, tiraram novamente o corpo do rapaz que ainda estava adormecido e o arrastaram adentro. Zero sete já segurava em mãos o saco plástico que provavelmente seria usado.


Nascimento parecia calma com toda situação, não havia motivo de sentir raiva. Toda sua raiva e impaciência havia sido liberada mais cedo, com a ajuda da capitã que o evitava olhar nos olhos a todo custo.


——————— Pode jogar água nesse lixo. —— Capitão ordenava, o suspiro afim de recuperar o ar foi escutado assim que o menino acordou.

Quando se deu conta, Helena já estava novamente presenciando uma cena brutal. O rosto ensanguentado junto ao plástico que retirava o privilégio de respirar era visto. O moleque demorava para dizer.

———————— Podemos passar a madrugada inteira aqui, to com pressa não campeão. —— Helena dizia, enquanto cruzava os braços e seu coturno fazia barulhos pelo chão.


——————— Cadê o fogueteiro? —— Capitão perguntava enquanto zero quatro batia com força na cabeça do rapaz.

———————— Não sei, não, chefe. —— Helena revirou os olhos, a ladainha lhe cansava. ———————— Sou só o vapor.

———————— Como não sabem onde enterraram? —— Nascimento permanecia.

———————— Eu sou vapor, chefe! Não sei... por favor... —— suplicava, sua respiração era desesperada enquanto sua boca jorrava sangue fresco.



Nascimento ordenou que voltasse para o saco, o garoto se remexia enquanto os outros lhe seguravam. Helena estava impaciente, mesmo dizendo que não estava com pressa sabia que se fosse com vontade, arrancaria informação. Com isso, fez sinal para que o zero quatro retirasse novamente o saco da cabeça do menino enquanto o Capitão a olhava curioso.


Helena ergueu a barra da camiseta, prendendo o cabelo em um coque que insistia em cair sob o rosto. Mordeu a bochecha enquanto se agachava lentamente até o próprio coturno, retirando o canivete do mesmo.


———————— Vou arrancar cada pedaço da sua língua se não começar a falar. —— todos se entreolharam, sabiam que ela facilmente faria isso.


O rapaz começou a chorar, os soluços eram escutados e sua saliva se misturava com o sangue que escorria. O saco usado já não se mostrava transparente mas sim vermelho, algumas partes um sangue seco pelo tempo que estavam ali.


SALVATORE, capitão nascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora