oito, a palavra estratégia.

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CAPÍTULO OITO....a palavra estratégia...❫

JÁ ERA NOITE QUANDO HELENA DIRIGIA COM rapidez até o local afastado que seria feito o treinamento, faltava dois meses para a visita do Papa, e tudo ocorreria bem se achasse um substituto.


Estacionou o carro junto aos outros que reconheceu de sua equipe, assim que virou a chave e o carro desligou. Helena suspirou, olhando ao retrovisor podia ver a carranca que nutria. Os olhos pesados e cabelos em um perfeito rabo de cavalo lhe dava uma visão de si naquela noite.


Passou a bandoleira pelo pescoço, se retirando finalmente do veículo. A escuridão até o preparamento dos novatos fizeram com que a própria quase tropeçasse, torcia para que ninguém estivesse ao redor.

Se surpreendeu ao notar que havia bastante rostos novos, todos de cabeça baixa e provavelmente, assustados. Helena se juntou ao coronel e aos capitães — incluindo Nascimento, que parecia agir normalmente até o momento.

Estava disposta a fingir que nada havia acontecido, mesmo que tentasse ao máximo apagar da mente o sonho que teve com o homem naquela noite. Tentava possivelmente vê-lo como um colega de trabalho a diante.

Coronel se posicionava enquanto Valentim e Nascimento se colocavam ao seu lado, lembrava vagamente de sua vez naquele lugar. Lembrava-se como era ser a única mulher ali, e não estava disposta em facilitar para os homens.

———————— Os senhores chegaram aqui com as próprias pernas, ninguém, absolutamente ninguém os convidou.

As palavras rígidas eram necessárias, na verdade, se soubessem oque viria depois. Torceriam para que as palavras permanecessem.


————————— E nenhum dos senhores é bem vindo aqui. —— coronel continuava, sua voz alta e regida faziam que nem mesmo uma mosca se posicionava. ————————— Preparem suas almas, porque seus corpos já nos pertencem. Declaro aberto o nono curso de Operações Especiais.


Dito isso, todos gritavam nunca serão era um lema no qual fazia com que os soldados se sentissem humilhados. Os disparos escutados junto a fumaça e o batuque fazia parte do processo.

——————— Caveiras, avançar! —— coronel ordenou.



Para Helena essa era uma parte duvidosa do preparatório, lembrava-se da sua vez no qual o Coronel gritou a mesmíssima coisa e ela não havia se preparado para a violência que viria. Resultado foi sua costela ardendo como fogo por semanas.

Para quem estava chegando agora e foi pego de surpresa assim como Helena na primeira vez, o BOPE até parecia uma seita. A maneira brutal na qual se aproximavam dos novatos lhe batendo e ordenando que pedissem para sair era só uma das fases.


Helena surrava um rapaz desconhecido com tapas em seu rosto, seus dedos nutriam inúmeros anéis que resultavam em tapas e socos mais dolorosos para aqueles que recebessem. O rapaz tentava fechar o olho afim de não sentir a pressão.


Todos já caveiras, se divertiam com aquilo. Eram formados por porradas assim como eles, e se não aguentavam seis minutos de pressão ali. Jamais aguentariam subir em um morro com o símbolo da caveira.

SALVATORE, capitão nascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora