[03/06/24]
Não me esqueço do dia em que estava lendo um livro e havia uma frase que dizia que o destino é como um sopro, e nós, seres humanos, como poeira. Sendo assim, ele fica responsável por nos transportar de um lugar para outro, até que a poeira se torne terra e encontre o local correto para florescer.
Eu sempre soube o que queria, ou ao menos, achei que soubesse. Cresci na Georgia ao lado dos meus amigos e familiares ansiando pelo dia em que sairia daquele lugar e pudesse florescer num campo mais fértil. Foi por isso que nos mudamos para Itália, e não posso reclamar, tive bons momentos, plantei e colhi coisas lindas, fiz amizades, terminei amizades... passei na faculdade, no curso que sonhei toda a minha adolescência, fiquei três meses e tranquei.
Eu tranquei meu curso de jornalismo que dei duro todo o ensino médio para passar, simplesmente por sentir um vazio tão grande dentro de mim que nada seria capaz de preencher. Então, tomei uma decisão idiota na visão dos outros e corajosa na minha: Voltei para os Estados Unidos para estar perto do meu namorado outra vez, recomeçar a minha vida do zero e tentar mais um ano entrar na faculdade, dessa vez, americana.
— Isso é tudo? – Mamãe pergunta, com algumas dúzias de mala no chão.
— É sim. S/n, vai abrindo a porta de casa. Eu e sua mãe já te alcançamos. – Papai pede.
— Vocês não querem ajuda? – Pego as chaves que ele me entrega em mãos.
— Não precisa.
Dou de ombros e viro as costas.
— Ei! Não está esquecendo de nada? – Meu pai indaga, olho para ele e o vejo com minha abelha de pelúcia em mãos.
Faço bico e sorrio, indo pegar meu bichinho.
— Eu jamais esqueceria do Javon, a abelha. – Digo e meus pais gargalham.
Então finalmente abro a porta de casa e acendo a luz.
— SURPRESA!!
Arregalo os olhos ao ver todas as pessoas que senti saudades por tantos anos reunidos em minha sala, as paredes decoradas, um grande mural com as boas vindas: "Bem vinda, S/n." E tantos sorrisos juntos que apenas me faz sorrir também.
Antes que eu pudesse assimilar e ter qualquer ação, sou surpreendida por um abraço forte do meu namorado, que me suspende no ar.
— Deus, eu não acredito! – Grito, o abraçando tão forte que seria capaz de asfixia-lo. Estou tão feliz que sinto vontade de chorar.
Ele me põe no chão.
— Deixa eu te olhar. – Segura o meu rosto. — Você cresceu tanto.
— Você também.
Antes que eu pudesse dedicar toda minha atenção ao Javon, minha sogra me abraça forte, afagando os meus cabelos.
— Você está tão linda!!
— Você também!! – Sorrio.
Abraço meu sogro, em seguida Jayla, minha eterna melhor amiga. Nós pulamos e nos abraçamos tão forte que caímos no chão. Meus pais chegam nesse momento.
— Daelo, você está tão grande! – Me abaixo para abraçar meu cunhado Mirim, que me abraça de volta, mas não me reconhece, não posso culpa-lo, quando fui embora ele estava aprendendo a andar e eu nem havia tido minha primeira menstruação ainda.
Passo os olhos pela sala checando se falta mais alguém, é quando vejo Jaden encostado na parede. Olho para ele por longos segundos, caminhando devagar até ele, minhas botas fazendo barulho contra o chão.
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𝘸𝘢𝘪𝘵𝘪𝘯𝘨 𝘳𝘰𝘰𝘮 - 𝘫𝘢𝘥𝘦𝘯 𝘸𝘢𝘭𝘵𝘰𝘯.
Hayran KurguS/n Bianchi De La Riva cresceu junto aos irmãos Walton. Desde muito criança, nutriu um amor platônico por um dos gêmeos, Javon. Esse amor platônico se tornou um "namorico" de infância, para depois de crescidos, evoluir para um relacionamento sério...